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STF pode julgar aborto para grávidas com zika este ano, diz Cármen Lúcia
 
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26/09/2016

STF pode julgar aborto para grávidas com zika este ano, diz Cármen Lúcia

Questão foi levada à ADI, que questiona as políticas públicas do governo federal na assistência a crianças com microcefalia

A possibilidade de aborto para mulheres infectadas pelo vírus da zika pode ser julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ainda este ano. A questão foi levada à ADI (Corte em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade) da Anadep (Associação Nacional dos Defensores Públicos), que questiona as políticas públicas do governo federal na assistência a crianças com microcefalia, má-formação provocada pelo vírus.

A previsão de julgamento foi feita na sexta-feira (23) pela presidente do STF e relatora da ação, Cármen Lúcia, em conversa com jornalistas. "Chegou da procuradoria [Procuradoria-Geral da República] e agora tem a medida cautelar. Estou trabalhando nisso. Esse é um caso sério. Acho que dá [para julgar este ano], mas não sei. Ontem julgamos bem, julgamos oito processos, depende muito", disse a ministra, referindo-se à pauta da Corte.

No começo de setembro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF parecer favorável à autorização do aborto para gestantes com o vírus da zika, que pode causar microcefalia nos bebês.

"A continuidade forçada de gestação em que há certeza de infecção pelo vírus da zika representa, no atual contexto de desenvolvimento científico, risco certo à saúde psíquica da mulher. Ocorre violação do direito fundamental à saúde mental e à garantia constitucional de vida livre de tortura e agravos severos evitáveis", escreveu Janot no parecer.
Em 2012, o STF julgou uma ação levada pela CNTS (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde) sobre aborto em caso de anencefalia do feto. Por maioria dos votos, a Corte decidiu que a mulher pode interromper a gestação em caso de fetos anencéfalos.

Perguntada sobre semelhanças entre as ações sobre anencefalia e microcefalia, Cármen Lúcia disse que a discussão é muito diferente. "É outra coisa. É completamente diferente. Acho que é mais delicado até por causa do momento que estamos vivendo, em que aconteceu isso e que a sociedade quer participar", disse.


Autor: Michèlle Canes
Fonte: Uol
Autor da Foto: Alan Marques

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