Responsável por 30% das mortes no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o coração faz mais de 300 vítimas fatais por ano no Brasil, índice que coloca as doenças cardiovasculares no segundo lugar no ranking das causas de óbito no país. Entre elas, o infarto do miocárdio ou a chamada "parada cardíaca" são as de maior incidência. Perdem somente para as doenças cerebrovasculares, responsáveis pelos AVC (acidente vascular cerebral), mais conhecidos como "derrames". Os dados da OMS revelam ainda que, até 2040, o número de mortes por doenças cardiovasculares cresça 250%, praticamente dobrando em uma década.
Entre os fatores que podem desencadear o desenvolvimento de uma doença cardiovascular estão os problemas de pressão, obesidade, estresse e até mesmo outras doenças, que acabam por interferir no bom funcionamento do órgão, segundo o Dr. Carlos Alberto Pastore, chefe do Centro de Cardiologia do Hospital CEMA. Por isso, o dia 29 de setembro é tão importante: ele marca o Dia Mundial do Coração, um alerta para a conscientização sobre a importância de prevenir o aparecimento dessas doenças.
Para o Dr. Pastore, o mais importante no tratamento das doenças cardíacas é cuidar para que elas não aconteçam. "A maioria das doenças do coração está ligada a hábitos de vida, como a alimentação irregular, apressada, pouco saudável, o consumo de álcool e o fumo, a falta de exercícios físicos. A vida moderna traz muita ansiedade, especialmente para quem vive nos grandes centros urbanos. A pessoa come mal e dorme mal. O coração sente o impacto desse modo de vida. Assim, mudar esses hábitos é o primeiro passo para evitar as doenças cardíacas", orienta o cardiologista.
A realização de exames é outro aliado importante na prevenção. Por isso, a consulta regular ao cardiologista é fundamental. "As consultas servem para o médico avaliar a pressão arterial e requisitar os exames necessários, tanto para medir os níveis de colesterol e açúcar no sangue, como para avaliar o desempenho do coração. Exames como ecocardiograma, teste ergométrico, holter, entre outros, são imprescindíveis para o bom diagnóstico. Assim, podemos orientar e, quando necessário, medicar os pacientes adequadamente", afirma o médico do Hospital CEMA.
