Mostrar os malefícios causados pelo uso contínuo de agrotóxicos para bem-estar humano foi um dos objetivos da Caravana AMRIGS, que esteve em Cruz Alta, na noite de segunda-feira (26/09). O tema foi trazido pela bióloga Vanda Garibotti, graduada em Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A apresentação trouxe uma abordagem do cenário atual, que coloca o Brasil como líder no ranking de países que mais utilizam agrotóxicos. A média é de 7,5 litros consumidos por pessoa em um ano.

A palestrante fez o alerta de que os agrotóxicos não são usados apenas nos alimentos. Estão presentes, também, em ambientes domésticos. Citou, inclusive, a pulverização aérea de veneno nas áreas urbanas para combater o mosquito Aedes aegypti, como ocorreu neste ano em várias regiões do país.

- O uso continuado e a exposição ao produto ou resíduos causam muitos malefícios ao ser humano, como depressão, dermatoses, alergias, pneumonites, insuficiência renal, catarata, conjuntivite, redução de fertilidade, mutagêneses, diarreia, salivação, dor de cabeça, dor no peito e dor abdominal. Os agrotóxicos são considerados, ainda, desreguladores endócrinos e causam alterações comportamentais e falência ovariana, entre outros problemas de saúde - afirmou.

A Caravana AMRIGS tem como objetivo difundir o conhecimento, promovendo melhorias na saúde, nas condições sociais, políticas, organizacionais e econômicas de associados e das comunidades que visita. A iniciativa está presente em diversos municípios do estado, propondo debates sobre pautas escolhidas por meio das demandas da classe médica e da comunidade.