A luta dos médicos gaúchos por melhores condições no atendimento pelo Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS) segue em diversos municípios do estado. Em assembleia geral realizada na quarta-feira (09/08), em Ijuí, profissionais de saúde debateram as soluções para a defasagem no valor dos honorários pagos e sobre o desmonte da entidade. Entre as propostas exibidas, o representante da AMRIGS, Armindo Pydd, destaca a necessidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para o cumprimento dos valores estabelecidos pela tabela nacional.

- Nossa proposta é que a cobrança siga a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). O IPERGS adotou a nomenclatura, mas não paga de acordo com o que ela determina. Precisamos de um Termo de Ajustamento de Conduta junto ao Ministério Público, para que se resolva essa situação e seja feito o reajuste correto – explica.

A preocupação dos profissionais também gira em torno da importância da realização de uma revisão completa dos beneficiários do Instituto, com o objetivo de filtrar quem realmente tem o direito de usufruir do serviço. Os presentes deliberaram sobre a possibilidade de realizar uma paralisação, caso as negociações não atendam as demandas da categoria.

Com uma receita estimada em R$ 1,7 bilhão em 2016, o plano de saúde não reajusta os valores repassados aos médicos há seis anos. O IPERGS possui 7343 médicos credenciados, responsáveis por atender 1026 beneficiários em todo estado. O município de Ijuí conta com 124 profissionais que atendem pelo plano.

O evento foi promovido pela AMRIGS, em parceria com o Sindicato Médico do estado (SIMERS) e com o Conselho Regional de Medicina gaúcho (CREMERS). A assembleia geral teve a presença da diretora do SIMERS, Gisele Lobato e da representante do Cremers, Marília Thomé. A próxima assembleia está marcada para a quarta-feira (16/08), em Uruguaiana.