Uma iniciativa pioneira coloca a cidade de Porto Alegre como destaque no rastreamento do câncer de intestino. A solenidade foi realizada no início da tarde de sexta-feira (31/08), no Auditório Moacyr Scliar da UFCSPA com a participação do presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS).
O projeto inicia com a população-alvo de 60-75 anos (aquela de maior risco deste câncer e, por isso, com elevada recomendação de rastreamento. Na capital, o procedimento será realizado através do teste de sangue oculto nas fezes do tipo imunoquímico de 2/2 anos em pessoas assintomáticas de 60-75 anos. O teste será realizado em todos os postos de saúde da capital. Havendo resultado positivo, o paciente será encaminhado para a realização de colonoscopia.
- O rastreamento de colo uterino, por exemplo, é algo que é feito há bastante tempo no Brasil, mas não alcança a cobertura desejada. O câncer de mama também tem efeitos importantes e com necessidade de aumentar a cobertura. Porém, nenhuma cidade faz rastreamento do câncer de intestino e colo retal. É um procedimento caro, mas que traz muitos benefícios para pessoas que são diagnosticadas precocemente – afirmou o secretário Municipal de Saúde, Erno Harzheim.
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, destacou importantes avanços que estão sendo feitos pela cidade de Porto Alegre.
- Estamos conseguindo quebrar alguns paradigmas em um modelo que é extremamente burocrático que é o poder público municipal que curiosamente é o que menos deveria ser, porque estamos lidando com questões que afetam as pessoas diretamente nas suas vidas – disse.
O projeto terá parceria do Instituto Nacional de Câncer – INCA e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. A reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Lúcia Campos Pellanda, valorizou em seu discurso a importância do trabalho para a sociedade e para o meio acadêmico.
Saiba mais:
- Pessoas com familiar de 1º grau com história de câncer colorretal serão encaminhadas para colonoscopia sem precisar fazer o teste de sangue oculto nas fezes.
- O câncer colorretal (câncer de intestino) é o 3º câncer mais comum em homens e o 2o mais comum em mulheres no Brasil.
- Quando diagnosticado em fases iniciais, a chance de cura é maior e, além disso, na maioria dos casos, o câncer colorretal é precedido por lesões pré-malignas, que, caso identificadas e tratadas, não evoluirão para câncer;
- Por isso, existem recomendações internacionais para realizar rastreamento do câncer colorretal. A recomendação é considerada fraca para pessoas de 50-60 anos (alguns falam em 45-60 anos) e é forte em pessoas de 60-75 ANOS.
- Porto Alegre possui cerca de 150 mil habitantes com 60-75 anos.