O câncer colorretal (intestino grosso ou reto) é uma doença maligna que afeta as porções finais do trato gastrointestinal. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o terceiro mais frequente em homens e o segundo em mulheres, com 36.300 casos em 2018, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

De acordo com o gastroenterologista Eduardo Wink, médico do Hospital Universitário de Canoas, administrado pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP), a doença apresenta um grande potencial de cura quando identificada no início. “O câncer colorretal pode ser tratado com bons resultados, inclusive através da endoscopia, em casos selecionados, se detectado precocemente”, explica.

Wink salienta que em estágios iniciais este câncer não apresenta sintomas, por isso, é importante realizar exames para identificar a doença de modo preventivo a partir dos 50 anos. “Entretanto, atualmente, a Sociedade Americana de Oncologia recomenda que essa investigação seja feita a partir dos 45 anos”, esclarece o especialista.

Segundo o médico, o tratamento do câncer colorretal depende de quão avançada está a doença e o estado de saúde do paciente. Basicamente, consiste em ressecção cirúrgica, ou quando possível, via endoscopia e se necessário, quimioterapia. “Os principais fatores de risco são o histórico familiar, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, obesidade, dieta sem fibras e ricas em gordura, grandes consumos de carnes vermelhas e processadas, entre outros”, esclarece o gastroenterologista.

Cuidados com a saúde

O médico informa que é possível evitar a doença, principalmente se o indivíduo adquirir hábitos de vida mais saudáveis. “É fundamental realizar atividades físicas regularmente para combater a obesidade. Já, a pessoa que tem histórico familiar de câncer colorretal ou está próxima dos 50 anos, deve procurar seu médico para realizar os exames de prevenção”, orienta.