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Homeopatia hoje
 
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19/10/2009

Homeopatia hoje

O que é preciso saber?

Hipócrates, que viveu nos anos 468 aC, e é considerado o Pai da Medicina, foi o responsável pela introdução da atividade médica apoiada no conhecimento experimental e na observação dos doentes, totalmente desvinculado de práticas e conceitos religiosos ou de superstições e magia, tão comuns em sua época.

A via natural de cura, conforme Hipócrates, considerava a doença como uma perturbação do equilíbrio natural que mantinha o ser humano em harmonia com a natureza, e, consequentemente, com a saúde.

Hipócrates desenvolveu o conceito de que uma substância capaz de causar determinado efeito ou sintoma é também capaz de eliminá-lo ou curá-lo, em determinadas circunstâncias, significando que “o semelhante se cura pelo semelhante”. Como exemplo, afirmou que as substâncias que podem causar insônia, desde que em doses mínimas, também podem curar a insônia no indivíduo que apresenta tal queixa médica. Mas, apesar de Hipócrates ter enunciado e utilizado o princípio dos semelhantes, foi o médico Samuel Hahnemann (1755-1843) que demonstrou este fato clinicamente, confirmando-o como método terapêutico dotado de uma farmacopéia própria.

Vale ressaltar que também foi na época de Hipócrates que se desenvolveu o conceito da “cura pelo oposto”, ou seja, para combater os efeitos dos sintomas deveriam ser utilizadas substâncias que atuassem de forma contrária aos sintomas.

Hoje, a medicina ocidental possui duas correntes terapêuticas aceitas pela ciência: a alopatia, que se baseia no princípio da “cura pelo oposto” e a homeopatia, que se baseia no princípio dos semelhantes.

Como a homeopatia é considerada pela Medicina, hoje, no Brasil e no mundo?

No Brasil, a homeopatia é uma especialidade médica, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, além de ser também uma especialidade farmacêutica, médico-veterinária e uma habilitação odontológica reconhecidas pelos Conselhos Federais destes profissionais.

No Brasil temos cerca de 10.000 médicos homeopatas e uma grande quantidade de especialistas farmacêuticos, médicos veterinários e cirurgiões-dentistas atuando em todo o país, além de milhares de farmácias homeopáticas e grandes laboratórios farmacêuticos produzindo medicamentos homeopáticos industrializados.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possui resoluções que regulamentam a produção, a distribuição e a dispensação de medicamentos homeopáticos.

A “Política Nacional de Práticas Integrativas e Medicinas Complementares para o Sistema Único de Saúde, n. 971, de 3 de maio de 1006, do Ministério da Saúde, promove a homeopatia, que deve ser implantada pelas secretarias da saúde dos municípios do país. Para tanto, há necessidade de formar profissionais para prescrição e também para produção de medicamentos homeopáticos para atender à demanda da população que tem direito a ser tratada com a Homeopatia. No Brasil, faltam cursos e hospitais para residência em homeopatia e mais informação para despertar o interesse nessa especialização.

No mundo, a homeopatia também é reconhecida como ciência e como especialidade médica na Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Itália, México, América do Norte, Índia, e em outros vários países.

Acima de tudo, a verdade é que o médico homeopata é um médico e um medicamento homeopático é um medicamento.

Como o medicamento homeopático funciona? A sua ação é lenta?

O corpo humano é composto por sistemas e órgãos, cada um consistindo de milhões de células. Estas células necessitam de condições relativamente estáveis para funcionar efetivamente e contribuir para a sobrevivência do corpo como um todo, dentro de limites fisiológicos preestabelecidos – o que chamamos de homeostase. Se o organismo não estiver em homeostase, pode vir a doença.

A homeostase pode ser perturbada por substâncias capazes de promover alterações somáticas e funcionais (como os medicamentos), pelo stress (que cria desequilíbrios no meio interno) e por vários outros fatores.

Para evitar o efeito que as drogas/medicamentos provocam no organismo humano, a homeopatia emprega medicamentos diluídos e potencializados. Dessa forma, é rara a ocorrência de reação primária da droga, mas existe o estímulo necessário para despertar a reação vital do organismo no sentido da cura.

O medicamento homeopático faz com que o efeito primário não seja percebido a não ser pelo fato de levar o organismo a reagir de forma contrária a esse estímulo (reação homeostática). Isso demonstra uma das teorias de mecanismo de ação dos medicamentos homeopáticos, a cura pelos semelhantes.

Da mesma forma que na medicina convencional, há medicamentos que funcionam para algumas pessoas, e para outras não. Mas, em alguns casos e situações, a resposta ao medicamento homeopático é surpreendentemente rápida, como observado nos resultados de estudos clínicos e pré-clínicos em que são comparados com os medicamentos convencionais. Mesmo em situações crônicas, em que nenhum tratamento é rápido, também se pode observar a eficácia dos medicamentos homeopáticos em horas ou em poucos dias.

O medicamento homeopático não é específico para uma única pessoa?

O medicamento homeopático é indicado de acordo com as Escolas Médicas Homeopáticas existentes: a Unicista e a Complexista. Na Unicista, que é uma escola ortodoxa, o tratamento é feito com um único medicamento que é indicado segundo a individualidade de cada paciente e em doses também individualizadas.

Na Complexista, que segue uma linha mais eclética, prática e objetiva, o medicamento pode conter um, dois ou mais insumos ativos homeopáticos em um único frasco, que são Fórmulas Homeopáticas ou Complexos Homeopáticos, com os ativos mais indicados para tratamento de enfermidades específicas e seus principais sintomas.

É permitido utilizar medicamentos homeopáticos juntamente com os alopáticos?

Sim, hoje se pratica o que está sendo chamado de Medicina Integrativa.

Hoje temos a Medicina Preventiva Convencional, com métodos diagnósticos, cirurgias e farmacoterapia, usando medicamentos alopáticos. Ao mesmo tempo, o médico pode incluir terapias físicas, nutricionais, exercícios físicos, psicoterapias e também as chamadas “terapias complementares”, como a homeopatia, acupuntura e fitoterapia. Nenhuma delas exclui a outra. Isto é Medicina Integrativa.

A Medicina Integrativa não deve ser confundida com “Medicina Alternativa”, pois ela é muito mais, pois defende o resgate do sujeito independentemente da linha terapêutica que cada médico ou prescritor adota e inclui o uso de todos os recursos da medicina convencional, associados a outros métodos terapêuticos, cientificamente comprovados e apropriados em benefício da saúde e do bem estar do indivíduo.

Em resumo, os medicamentos homeopáticos podem ser utilizados sozinhos, como preventivos e curativos, ou como complementares à farmacoterapêutica com os alopáticos, com total segurança e garantia de sua eficácia, sem questionamentos por parte dos prescritores.

Existem pesquisas clínicas com medicamentos homeopáticos?

Sim, há milhares de artigos e estudos demonstrando a eficácia dos medicamentos homeopáticos, ou “ultradiluídos”, como são chamados pela academia científica. Atualmente já não se concebe um medicamento homeopático que não tenha sua indicação terapêutica comprovada com estudos clínicos metodologicamente corretos.

No Brasil, há regulamentos que possibilitam a produção e comercialização de medicamentos homeopáticos manipulados e industrializados. Com o rígido controle da Anvisa de controle da fabricação, a homeopatia hoje passou do campo do empirismo para o campo das pesquisas clínicas e pré-clínicas, dentro da metodologia científica.

Os medicamentos homeopáticos produzidos em alta escala são e devem ser comparados a qualquer tipo de medicamento da medicina convencional, pois passaram por testes de segurança e eficácia.

Existem contraindicações e efeitos adversos com medicamentos homeopáticos?

Na medicina homeopática, o termo “contraindicado” é utilizado somente quando o paciente possa vir a apresentar uma reação ou intolerância devido ao excipiente ou veículo inerte utilizado na preparação da forma farmacêutica. Por exemplo, um medicamento homeopático em glóbulos poderia ser contraindicado para diabéticos, pois contém sacarose. Da mesma forma, um medicamento homeopático na forma de gotas contendo uma solução hidroalcoólica seria contraindicada para um paciente com cirrose hepática. Ou um paciente com intolerância a lactose deveria ser alertado para medicamentos homeopáticos em forma de comprimidos, que contém lactose. Mas, em nenhum desses casos, a concentração dessas substâncias é capaz de alterar os parâmetros para além do limite permitido.

Uma grande verdade sobre as doses mínimas e diluídas dos medicamentos homeopáticos é que eles jamais causarão qualquer intoxicação medicamentosa, como já vimos acontecer com medicamentos convencionais. Jamais as doses e potências dos medicamentos homeopáticos industrializados vão estar próximas às doses tóxicas. Além disso, as pesquisas pré-clínicas de toxicidade pelos quais passam garantem sua segurança, inclusive em crianças, gestantes e idosos.

Desde a existência e comercialização de medicamentos homeopáticos industrializados no Brasil não há registro de qualquer tipo de notificação ou observação de novos sinais por parte de pacientes que os utilizam. Mesmo assim, em colaboração com os centros de vigilância sanitária, as bulas desses medicamentos advertem para sinais ou hipersensibilidade aos componentes da fórmula e a recomendação para imediata notificação desses casos ao médico e ao laboratório, conforme legislação em vigor.


Autor: Imprensa
Fonte: Valentina Meyer Consultoria & Comunicação

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