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Cefaléia crônica diária
 
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19/10/2009

Cefaléia crônica diária

Há doentes que se queixam de crises extremamente freqüentes de cefaléia

Definição

Há doentes que se queixam de crises extremamente frequentes de cefaléia – mais de quinze por mês, ou mais de 180 por ano – e que ocorrem há mais de seis meses. Além disso, eles relatam sintomas que não se enquadram no diagnóstico de cefaléia tensional crônico (ver, no Guia de Doenças, texto sobre “Cefaléia Tensional”) . Essas pessoas têm sido então consideradas como portadoras de uma síndrome a que se deu o nome de cefaléia crônica diária.

Algumas das vítimas desse mal apresentam um misto de sintomas de enxaqueca e de cefaléia tensional. A maioria delas é enxaquecosa, com ou sem aura que, por diversas razões, passam a ter crises do tipo tensional, intercaladas com as de enxaqueca. Com menor frequência, esses casos ocorrem em pacientes com cefaléia tensional episódica.

Certos pacientes com cefaléia crônica diária, contudo, não relatam terem tido anteriormente cefaléia tensional ou enxaqueca. Comumente queixam-se de fadiga crônica e em sua história é possível identificar um episódio inicial do tipo gripal.

Causa

Vários fatores, isolados ou conjugadamente, podem levar uma cefaléia primária episódica a se transformar em cefaléia crônica diária: abuso medicamentoso (de analgésicos e ergotamina), distúrbios de personalidade, depressão, estresse, hipertensão arterial e uso freqüente de medicação, mesmo que não para cefaléia, como hormônios sexuais.

O uso de dez ou mais comprimidos de analgésicos por semana, ou de 10 mg ou mais de ergotamina nesse mesmo período, é suficiente por si só para induzir cefaléia. O quadro se acompanha de distúrbios de memória, irritabilidade, fraqueza, náuseas, depressão, distúrbios de comportamento entre outros sintomas. Vale mencionar que o doente que usa excessivamente analgésicos pode apresentar fenômeno de tolerância – a retirada súbita desses medicamentos pode determinar sintomas de abstinência e causar manifestações muito importantes (agitação, intensificação da dor de cabeça e, às vezes, até confusão mental).

Tratamento

O tratamento exige, inicialmente, a identificação das causas que possivelmente tornaram crônica a cefaléia. Verificando-se que o problema deriva de abuso medicamentoso, o médico mostrará ao doente a importância de aceitar um programa de supressão dos medicamentos envolvidos que, com adequadas medidas de apoio, pode ser realizado em nível ambulatorial. Essas medidas de apoio são medicamentos por curto período (como antiinflamatórios não hormonais ou triptanos e, às vezes, corticóides), terapia psicológica e relaxamento. A internação hospitalar fica reservada apenas para os casos mais rebeldes, e visa não apenas a retirada dos medicamentos, mas também a desintoxicação e a hidratação do organismo do doente.

Ao programa de supressão de medicamentos podem ser somados recursos complementares de grande eficácia, como práticas de relaxamento, bio-feedback (processo de relaxamento usando um aparelho que indica o grau de contração muscular), psicoterapia e exercícios físicos.


Autor: Dr. Mario Fernando Prieto Peres e Prof° Dr. Eliova Zukerman
Fonte: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein

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