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Semana do sono alerta sobre necessidade de dormir bem
 
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12/03/2019

Semana do sono alerta sobre necessidade de dormir bem

40% da população apresenta algum tipo de distúrbio

Entre os dias 11 e 17 de março, acontece a Semana do Sono, data definida pela comissão da Sociedade Mundial do Sono para celebrar o Dia Mundial do Sono, comemorado em 15 de março. A ação é realizada anualmente e tem a finalidade de chamar a atenção da população sobre a importância de dormir bem, já que, “uma noite mal dormida pode comprometer o desempenho das atividades diárias, pois é responsável por causar dificuldade de concentração, alterações da memória e do humor, entre outros sintomas”, afirma a médica neurologista Ester London, especialista em sono do Hospital VITA, em Curitiba. 

A preocupação excessiva e a falta de sono podem aumentar o risco de hipertensão, doenças degenerativas, ansiedade e depressão. A neurologista explica que é durante o repouso que organismo volta à condição na qual iniciou o dia. “É nesse período que acontece o relaxamento muscular, redução da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e da produção de urina”, relata. 

Além disso, segundo ela, é o momento de consolidação da memória e do controle da temperatura corporal. “Diversos hormônios são influenciados pelo sono, como a insulina, que controla a glicose no sangue, a leptina, responsável pela saciedade, a grelina, responsável por estimular o apetite, e a somatotrofina, que age no crescimento”, destaca Dra. Ester. 

O sono é essencial para a consolidação da memória, assim como para a saúde em geral. Embora as pessoas variem muito em suas necessidades de sono individuais, estudos mostram que o ideal são de seis a oito horas de sono por noite. Ter um sono de qualidade é ainda mais importante do que a quantidade de horas dormidas. “É preciso obedecer a demanda do corpo e dormir quando ele pede. O importante é dormir quando estiver cansado e despertar descansado”, ressalta a médica. 

Dra. Ester conta que a privação de sono leva a danos secundários, isto é, dormir pouco aumenta os riscos de diabetes, hipertensão, estresse, obesidade, entre outros problemas. Levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que cerca de 40% da população apresenta algum tipo de distúrbio do sono, como insônia, terror noturno, apneia e sonambulismo. 

Sono e doenças degenerativas

Estudo recente, realizado pela Academia Americana de Neurologia, associa a falta de sono ao aumento de chance de desenvolver doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson. É durante o sono que é realizada a limpeza do sistema neurológico, nesta hora ocorre a limpeza dos acúmulos da atividade celular e dos radicais livres. “A falta de descanso pode aumentar as chances de demências”, alerta Dra. Ester. 

Diagnóstico

As alterações no sono podem ser identificadas com o auxílio de uma análise chamada de polissonografia. O exame também é indicado para diagnosticar a apneia, roncos, ranger de dentes (bruxismo), fibromialgia, entre outros transtornos. 

A polissonografia é um exame que é realizado no Laboratório do Sono, no qual é reproduzido o ambiente de um quarto, onde o paciente passa a noite e tem o sono monitorado por um técnico, por câmeras e eletrodos que servem para medir as atividades cardíaca e cerebral, ronco, movimentos e oxigenação, e tem como objetivo monitorar o sono e avaliar diversos parâmetros. “A partir dos resultados, o médico tem as informações necessárias para tratar o problema da pessoa”, afirma a especialista. 

Apneia do sono

O problema pode afetar qualquer um, inclusive crianças. “Trata-se de uma alteração que pode acontecer durante o sono em que ocorre uma parada abrupta na respiração enquanto dorme, explica Dr. Luiz Eduardo Nercolini, otorrinolaringologista do Hospital VITA. Pesquisas estimam que a apneia do sono afeta 4% dos homens e 2% das mulheres entre 30 e 60 anos. 

Os sintomas relacionados à apneia do sono podem ser variados como: excesso de sono durante o dia e até insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração e memória, dor de cabeça pela manhã, roncos, pausas na respiração durante o sono. 

Dr. Nercolini esclarece que a apneia do sono pode ocorrer por vários motivos, mas principalmente por uma falha da musculatura atrás da garganta e da base da língua em manter a passagem do ar aberta, causando uma obstrução e levando a baixa oxigenação do sangue. “Consequentemente, o ciclo de sono é quebrado para que se reestabeleça os níveis normais de oxigenação no sangue. Isso faz com que ocorra alterações nas fases do sono e por isso surgem os sintomas”, descreve. 

Os sintomas relacionados a apneia do sono podem ser variados como: excesso de sono durante o dia e até insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração e memória, dor de cabeça pela manhã, roncos, pausas na respiração durante o sono. 

Tratamento

Conforme o grau de apneia do paciente é necessário algum tipo de tratamento. “O método deve ser individualizado para cada caso, algumas vezes sendo necessário cirurgia (nasais, palatais, na base da língua e cirurgias esqueléticas envolvendo os ossos da face) outras vezes métodos não-cirúrgicos, como o chamado CPAP (do inglês continuous positive airway pressure). “O aparelho oferece ao paciente ar pressurizado por meio de uma máscara adaptada para manter a via aérea aberta”, conclui o otorrinolaringologista. 

Higiene do sono

Segundo Dra. Ester, mudar alguns hábitos já é um bom caminho para melhorar a qualidade do sono. Confira as dicas:

– Procure deitar e levantar no mesmo horário todos os dias; 

– Desligue os eletrônicos (celular, tablet, computador) pelo menos uma hora antes da hora de dormir; 

– Leia um livro e/ou escute uma música suave para relaxar; 

– À noite, prefira refeições leves; 

– A temperatura do quarto deve ser suave também (no máximo, 22 º C); 

– Vista um pijama confortável; 

– Roupa de cama limpa também ajuda a dormir bem; 

– Evite atividades físicas perto da hora de dormir (prefira os alongamentos e relaxamentos), mas não deixe de praticar exercícios físicos regularmente, ao menos três na semana. “A atividade física aeróbica é um hábito que contribui para melhorar a qualidade do sono”, enfatiza a neurologista. 

– Evite ingerir bebida alcoólica ou com cafeína à noite;

– O sono é induzido pelo relaxamento e a falta de luz, então relaxe e deixe o quarto escuro para seu cérebro liberar a melatonina; 

– Se acordar durante a noite e não voltar a dormir, pegue um livro para ler, isso ajuda.

 


Autor: Cristina Sório
Fonte: CS

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