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Dia Mundial de Conscientização do Autismo alerta sobre a inclusão social
 
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01/04/2019

Dia Mundial de Conscientização do Autismo alerta sobre a inclusão social

Discutir a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho e na vida social é uma tarefa para todos

Lembrar daqueles que possuem Autismo e, sobretudo, aumentar a conscientização é o propósito do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado em 02 de abril. Discutir a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho e na vida social é uma tarefa para todos, tendo em vista que a falta de conhecimento sobre a doença é um dos principais motivos pelo qual ainda se sofre muito preconceito. Cientificamente conhecido como Transtorno do Espectro Autista – TEA, o Autismo é uma patologia neuropsiquiátrica diagnosticada em crianças e adolescentes.
 
O autismo pode ser considerado como um transtorno do neurodesenvolvimento bastante heterogêneo, que surge na infância e que se caracteriza por um início precoce de dificuldades na comunicação e interação social, além da manifestação de interesses estereotipados e repetitivos. O termo “espectro” se explica pela variação no tipo e na apresentação dos sintomas de cada indivíduo. Algumas pessoas apresentam níveis variados de dificuldades na aprendizagem em diferentes estágios da vida, desde a aquisição da fala, ou até mesmo em atividades corriqueiras, tais como, relacionamentos e interações sociais.
 
Nos últimos anos, nenhuma outra doença infantil tem recebido tanta atenção quanto o autismo. Isso ocorre, principalmente, devido ao aumento do reconhecimento dos sinais e sintomas de suspeição não só por parte dos profissionais da saúde, mas também dos pais, familiares, professores e educadores em geral. No entanto, mesmo com o aumento da conscientização, os diagnósticos são feitos, normalmente, depois dos 3 anos de vida. “Este procedimento muito tardio dificulta o tratamento, pois perde-se tempo de estímulo da criança. As descobertas precoces contribuem para um melhor prognóstico e agilizam as intervenções básicas, como acompanhamento com a fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicopedagogia”, explica o neurologista pediátrico do Hospital São Lucas da PUCRS Dr. Felipe Kalil. De acordo com o especialista, essa identificação precoce geralmente parte da suspeita da família e/ou do pediatra, utilizando as consultas realizadas habitualmente aos 18 e aos 24 meses de vida para a triagem, afastando ou até mesmo acendendo uma luz de alerta aos pais.
 
Convívio
 
Nos Estados Unidos, trabalhos recentes apontam uma em cada 68 crianças com TEA. Com uma incidência tão alta, a inclusão adequada destes indivíduos e a disseminação de informações sobre o tema são essenciais. Conviver junto ao paciente com autismo é essencial para que haja qualidade de vida entre ele e a família.  Um fator determinante é conhecer as características do TEA e saber que os sintomas e o convívio com cada um pode variar. Estas pessoas também podem se destacar com habilidades visuais, musicais, na arte e na matemática.
 
Tratamento
 
Normalmente, os tratamentos são feitos por uma equipe multiprofissional, geralmente, composta por terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogo, psicopedagogos e psicólogos, com terapias que podem variar entre 20 ou 30 horas semanais. Além disso, o Dr. Kalil ressalta que a inclusão é um fator determinante para estes pacientes.  “As escolas infelizmente não estão preparadas para inclusão, sendo necessários, muitas vezes, monitores/professores auxiliares para estes indivíduos. São poucas que possuem estrutura para ampará-los, precisamos popularizar estes profissionais que já existem, mas que não podem contar com uma base escolar para poder executar este trabalho”, enfatiza o médico.
 
Assim, trazemos algumas dicas para auxiliar no relacionamento interpessoal do indivíduo com TEA, assim como no funcionamento familiar.
 
·         Confie e conheça bem a equipe multiprofissional (geralmente formada por neurologistas, psiquiatras, psicólogos, psicopedagogas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicomotricistas), que esteja realizando o tratamento do seu filho (a). Certifique-se de estar sempre em contato próximo com a equipe, pois esta confiança alcançará melhores resultados
·         Todas as situações, inclusive as do dia-a-dia, são momentos para ensinar e aprender. Aproveitando de forma adequada estes momentos, o aprendizado se torna mais leve e eficaz
·         Seja persistente. Não desista de ensinar algo a sua criança.
·         Não compare. O indivíduo deve ser comparado somente a ele mesmo. Uma das grandes preocupações e erros vistos na prática médica é a comparação de familiares a irmão e/ou colegas. Atitudes como esta não ajudarão no aprendizado nem da criança e muito menos da família.
·         Não evite frequentar locais públicos, a aprendizagem do dia-a-dia é fundamental e, para isso, o relacionamento e as interações interpessoais são de suma importância.
·         Incentive a relação com animais. Diversos estudos já evidenciam que essa relação é extremamente benéfica, melhorando a socialização, afeto e carinho, além de diminuir a ansiedade. Assim como os cães são conhecidos pelo companheirismo, atividades como equoterapia (contato com os cavalos) são muito bem-vindas. Porém, é importante frisar que todo o animal tem sua importância nessa relação e a escolha varia de acordo com a dinâmica familiar.
·         Comemore cada aprendizado de seu filho.

·         É sempre importante lembrar: não há o “melhor tratamento” para todas as crianças portadoras de TEA, mas a necessidade de individualizar cada situação. Todas as crianças são capazes de aprender, cada uma a sua maneira, desde que receba a atenção necessária. 


Autor: Redação
Fonte: Hospital São Lucas da PUCRS
Autor da Foto: Divulgação

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