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Cálcio: um aliado contra a osteoporose
 
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18/04/2019

Cálcio: um aliado contra a osteoporose

Disfunção é considerada o segundo maior problema de saúde mundial

O cálcio é um mineral essencial para a saúde dos ossos, dentes, músculos, nervos e bem-estar geral do corpo humano. “Sua ausência ou uma dieta com baixa ingestão é um fator de risco para a ocorrência da osteoporose, doença em que a densidade e a qualidade dos ossos é reduzida, causando o enfraquecimento do esqueleto e, por consequência, o aumento do risco de fraturas”, explica o médico ortopedista Jonas Lenzi, do Hospital VITA, em Curitiba. 

A osteoporose é considerada o segundo maior problema de saúde mundial, por ser a principal causa de fraturas em idosos, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares. Segundo Dr. Jonas, cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil, direta ou indiretamente, em decorrência dessas fraturas. “Mesmo após uma fratura osteoporótica, o diagnóstico da doença acaba não sendo feito e o paciente não é encaminhado para tratamento”, adverte o especialista. 

O cálcio ainda atua na contração e relaxamento muscular, regula inclusive os batimentos cardíacos. O mineral também está envolvido em outros importantes processos como na coagulação sanguínea, ativação de enzimas responsáveis pela digestão de gorduras e metabolismo de proteínas, bem como na regulação e transmissão de impulsos nervosos. 

O médico conta que o nutriente é encontrado em abundância no leite e demais produtos lácteos, como queijos e iogurtes. Além disso, nozes, amêndoas, sementes, leguminosas e proteína da soja são boas fontes de cálcio. 

Segundo Dr. Jonas, a falta ou o excesso de cálcio pode ser fatal. Sua concentração sanguínea é regulada fortemente pelo hormônio das glândulas paratireoides, o PTH. Discretas alterações da concentração de cálcio cursam com liberação do PTH, que é responsável por manter equilíbrio deste mineral através da absorção do cálcio depositado no osso. Em situações de carência prolongada desse nutriente, o osso fica depletado por esse processo, o que o deixa mais frágil. 

Sintomas da osteoporose 

É uma doença silenciosa, que dificilmente dá qualquer tipo de sintoma. Costuma se manifestar por fraturas com pouco ou nenhum trauma, mais frequentemente no punho, fêmur e coluna. Outros sintomas podem surgir em decorrência das fraturas, como dor musculoesquelética, diminuição progressiva de estatura e deformidades ósseas com encurvamento da coluna tipo corcunda. 

Diagnóstico 

O ideal é que sejam feitos exames de rastreamento para que a osteoporose seja diagnosticada a tempo de se evitar as fraturas. “Infelizmente, na maioria das vezes, a pessoa irá sofrer uma fratura antes de se dar conta da presença da osteoporose. Isso ocorre porque a doença não dá sintomas perceptíveis”, acrescenta o ortopedista. 

O principal método para diagnosticar essa patologia, tanto precocemente quanto após uma fratura, é a densitometria óssea - exame de imagem que mede a densidade do osso e reflete a atual situação do local estudado. “Além da densitometria, o médico pode pedir exames para investigar outras possíveis doenças que podem causar a osteoporose, assim como radiografias e outras imagens para diagnóstico de fraturas e complicações”, esclarece. 

Quem pode ter osteoporose 

O problema atinge homens e mulheres, com predomínio do sexo feminino e indivíduos idosos. As mulheres brancas na pós-menopausa apresentam maior incidência de fraturas pois a falta do hormônio feminino, o estrogênio, diminui a formação óssea. Este fato torna os ossos porosos como uma esponja. 

Principais fatores de risco para desenvolver osteoporose 

Ser do sexo feminino;

História prévia de fratura por trauma mínimo;

Raça asiática ou branca;

Idade avançada em ambos os sexos;

Histórico familiar de osteoporose;

Vida sedentária;

Baixa ingestão de cálcio e vitamina D;

Fumar ou ingerir bebida alcoólica em excesso;

Imobilização prolongada;

Baixo peso corporal;

Medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, corticóides, lítio e metotrexato;

Doenças crônicas

De acordo com Dr. Jonas, é necessário ficar atento aos fatores de risco demonstrados acima. Na presença de algum deles, a pessoa deve agendar uma consulta com um profissional especializado na doença. “Por meio da identificação dos fatores de risco, avaliação e exame clínicos detalhados, o médico poderá estimar o risco para osteoporose e, consequentemente, fraturas”, alerta. 

Tratamento 

Existem tratamentos eficazes e simples de serem realizados, que têm como objetivo retardar ou interromper a perda óssea, prevenir fraturas e controlar a dor. A escolha do tratamento deve ser individualizada. 

Prevenção 

Dr. Jonas destaca que o risco de desenvolver a osteoporose pode ser reduzido quando algumas medidas como uma alimentação rica em cálcio e o aporte adequado de vitamina D forem proporcionados ao longo da vida. A realização de exercícios físicos regulares, de resistência, para fortalecimento muscular reduz o risco de quedas e fraturas, além de promover um modesto aumento da densidade óssea. Além das atividades físicas, segundo o ortopedista, uma estratégia de prevenção deve incluir a revisão de medicamentos psicoativos e outros associados ao risco de quedas, avaliação de problemas neurológicos, correção de distúrbios visuais e auditivos e medidas de segurança ambiental conforme protocolos de prevenção de quedas. Por fim, hábitos como tabagismo e etilismo devem ser rigorosamente desencorajados. 

Principais sinais e sintomas da deficiência de cálcio 

Dentes frágeis, unhas fracas e quebradiças, queda de cabelo, pele seca com descamação e rachadura, câimbras, taquicardia, formigamento, contrações musculares contínuas, diminuição da memória, insônia, irritabilidade e agitação.


Autor: Cristina Sório
Fonte: CS

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