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12º Fórum Internacional de TI Banrisul
 
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24/05/2019

12º Fórum Internacional de TI Banrisul

Avanço da transformação digital põe em desuso o dinheiro em papel

O dinheiro em papel já está caindo em desuso em muitas partes do mundo, como nos países escandinavos, disse o diretor de Serviços Analíticos da empresa Fico, Daniel Arraes, ao participar de painel no 12º Fórum Internacional de TI Banrisul, encerrado na noite desta quinta-feira (23). Em breve reflexão sobre o que a transformação digital trará de valor, Arraes comentou que os dados, atualmente, estão se tornando a nova matéria-prima dos negócios. “Veja os exemplos de Uber e Airbnb, que não possuem de verdade a frota de carros ou os espaços para locação, mas manuseiam os dados e colocam a oferta e procura em contato”. Ele salientou que é a “geração Z” (dos nascidos a partir do ano 2001) quem define essa dinâmica: eles não se preocupam em possuir, mas em ter acesso - um consumo personalizado e com ética. A partir dessas constatações, Arraes apontou alguns resultados positivos da transformação digital: a diminuição da poluição, a otimização e economia de tempo e a geração de novos postos de trabalho.

O painelista Fabiano Droguetti, COO & Executive Director na CSU CardSystem, definiu que a transformação digital não tem a ver com a tecnologia em si, mas com o comportamento das pessoas e consumidores e a sua relação com as marcas e fornecedores. Para exemplificar, Droguetti apresentou alguns cases interessantes de diversas áreas, demonstrando como esta transformação está se inserindo no nosso dia-a-dia, como a Barilla, que oferece novos formatos de massas, produzidos em impressoras 3D, incluindo diversas combinações de ingredientes, gerando uma produção personalizada para eventos, marcas específicas, datas especiais, entre outras possibilidades. Já a Amazon desenvolveu um aplicativo que permite ir ao mercado físico, que detecta o perfil do consumidor em uma catraca de ingresso ao estabelecimento comercial. Uma vez lá, o cliente escolhe os seus produtos, realiza suas compras e sai do mercado sem passar por filas ou caixa pois o pagamento é realizado automaticamente, por meio do aplicativo. O resultado é mais rapidez e agilidade para os consumidores efetuarem suas compras dos produtos básicos para o dia-a-dia.

O diretor de Inovação e Expansão da empresa Saque-Pague, Nori Lermen, falou sobre o Ecossistema Phigital que, acima de tudo, busca prover serviços financeiros à população não-bancarizada e atender os municípios e regiões sem acesso às agências bancárias. Lermen frisou que, em algumas cidades, o sistema Saque-Pague é a única presença financeira, pois não existe qualquer ponto de atendimento por parte dos bancos. 

KEYNOTE MASTERCARD

Na sequência, o presidente da Mastercard Brasil, João Pedro Paro Neto, em painel especial, falou que “ninguém nunca inventou nada, o mundo é uma evolução de coisas que surgem a partir da necessidade dos consumidores. É a evolução de fazer melhor e mais fácil aquilo que já fazemos. E os meios de pagamento estão nesse contexto”, ressaltou.

Na sua apresentação, Paro Neto disse que não há distinção entre pagamentos físicos e digitais. “O mercado mudou mais rápido do que imaginávamos e vai continuar mudando. A segurança das transações fará parte do dia a dia dos consumidores, possibilitando que o pagamento seja invisível, fluido e transparente.”

O dirigente destacou que “estamos na era da customização, onde a tecnologia está mais barata, o que facilita entregar ao consumidor o que ele quer. Estamos próximos de entregar o cartão que o cliente quiser, customizado conforme seu interesse”. 

SISTEMA FINANCEIRO E INOVAÇÃO DIGITAL

O painel seguinte, que teve como tema O sistema financeiro e a inovação digital, contou com a mediação do vice-presidente do Banrisul, Irany Sant’Anna Junior. O diretor de Política de Negócio e Operações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Leandro Vilain, afirmou que a transformação digital no setor bancário é derivada de três grandes fatores de influência: o comportamento do consumidor, competição e regulação. “Todo consumidor é digital em velocidades diferentes. A propensão em utilizar serviços digitais está aberta, e alguns têm propensão em utilizar esses serviços com mais velocidade. Nos interessa que essa evolução ande cada vez mais rápido, mas tem que ser na direção correta. Rápido na direção errada não adianta”, enfatizou ele.

Para Lucila Simão, CEO do Instituto Fenasbac (Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central), participar do Fórum de TI “é uma grande oportunidade, pois tínhamos muita vontade de estar aqui.” Ela disse que a Fenasbac, criada pelo Banco Central, é uma entidade que incentiva a inovação, fazendo alinhamentos, projetos de execução e criação de novos serviços.

“A tecnologia nunca esteve tão barata, então precisamos utilizar isso, inserir as pessoas no centro da inovação. Nos colocamos como protagonistas em transformar para melhor a indústria do mercado financeiro coordenando o Laboratório de Inovação Financeira e Tecnológica (LIFT)”, informou. Por meio dessa iniciativa, já foram entregues 12 produtos significativos para acelerar o mercado financeiro.

André de Siqueira, chefe de divisão do Banco Central, apresentou cada um dos 12 projetos entregues pelo LIFT. “Reunimos uma rede de voluntariado de pessoas oriundas do setor de tecnologia – esse é o LIFT, um arranjo institucional de voluntariado.” Siqueira frisou que o LIFT abre a oportunidade de se fazer um modelo de negócios diferente para possibilitar a renovação do sistema financeiro nacional. “É importante lembrar que a história dos seres humanos é uma história de inovação.” 

DA INTERNET DAS COISAS PARA A INTERNET DO EU

No painel internacional A inovação transformando o mercado financeiro internacional, o moderador Sebastien Taveau, vice president of DevX|API|Portal at Envestnet|Yodlee (Estados Unidos e França), provocou o questionamento: “por que as fintechs crescem?” Ele definiu que isso se deve ao fato de que elas abastecem outras empresas que estão em expansão. Em seguida, fez uma breve reflexão sobre qual será o próximo passo nos negócios, definindo que seria a partir da internet das coisas, para a internet do eu.

“O valor está em saber como e o quê ofertar para cada cliente, criar experiências para o usuário. Mas quem é quem realmente? A realidade pode ser muito diferente da realidade virtual. E como confiar nos dados dos usuários? Além disso, tudo precisa ser dentro de um timing, pois o usuário tem uma expectativa e não aceita demoras.”

A resposta, segundo Taveau, está em combinar pelo menos dois tipos de dados diferentes para chegar a um certo nível de segurança com relação ao usuário. “Porém, cabe ressaltar que não basta ter um grande número de dados, mas sim, dados de qualidade dentre estes. Isso é o que vai possibilitar criar ofertas VIPs e personalizadas para clientes”, finalizou.

A senior vice president da WachData (China), Ellen Huang, que reside no Brasil há um ano, iniciou a sua participação com um breve comparativo entre o Brasil e China, apontando que os dois países são semelhantes em tamanho e renda per capita, porém a China tem uma população muito superior numericamente, e é muito mais competitiva no mercado tecnológico.

Huang exemplificou as diferenças na forma de executar as coisas na China, com um vídeo apresentando a construção de um hotel com 30 andares em uma província no sul do país em apenas 15 dias. “É a forma de fazer que diferencia, com um projeto preciso e uma gestão de projeto cuidadosa que levam a esse resultado tão impressionante”, pontuou.

Em seguida, listou dez itens que levam ao crescimento rápido da China, dos quais se sobressaem os elevados investimentos que desenvolvem uma força de trabalho mais talentosa e a inovação orientada voltada para as reais necessidades locais, aproveitando as experiências de países desenvolvidos e adaptando-as para a realidade local.

Sobre o sistema de pagamentos na China, a executiva apresentou dados que apontam mais de 90% de usuários com acesso a um sistema com uma terceira parte (intermediador) para efetuar suas transações. E pontuou algumas conclusões gerais indicando que os negócios convencionais estão sendo substituídos por modelos disruptivos e efetivos, e que a inteligência artificial engloba inovações combinando segurança com conveniência. Essas novas tecnologias, segundo Huang, aceleram a obsolescência dos modelos convencionais.

De acordo com o palestrante Sajal Mukherjee, Global Banking Transformation Leader da IBM (EUA/Índia), as forças do mercado continuam a impulsionar a transformação digital e o valor econômico está mudando para a interface do cliente. “A implantação de recursos digitais e a estrutura em constante mudança do setor estão impactando o desempenho financeiro.”

Para ele, os bancos precisam se movimentar rápido. “As fintechs estão perturbando o setor bancário tradicional em muitas áreas diferentes. A presença global das fintechs está amadurecendo; não é mais uma moda passageira, da mesma forma que as startups digitais estão ganhando participação de mercado.

Diversos modelos de negócios estão surgindo no cenário digital - dos titulares aos novos participantes”, ressaltou. 


Autor: Redação
Fonte: Assessoria de imprensa Banrisul
Autor da Foto: David Pires

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