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Xenônio – ameaça para os olhos
 
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15/12/2008

Xenônio – ameaça para os olhos

Nova regra para faróis reduz risco de acidentes

Os faróis de xenon, ou de xenônio, que iluminam 3 vezes mais que os comuns, podem também representar uma ameaça para os olhos. Isso porque, na falta de regulamentação, kits de xenon foram importados a baixo preço da China e caíram no gosto popular. Resultado: o facho de luz dos faróis adaptados é direcionado no rosto de quem trafega de frente para estes veículos, aumentando o risco de acidentes e alterações oculares.

Para acabar com o problema, a Resolução 294 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determina que a partir de 1º de janeiro de 2009 só podem trafegar com farol de xenon veículos que tenham um sistema de ajuste da altura das lâmpadas, de acordo com a inclinação das vias e limpador automático do farol para evitar a dissipação da luz. A resolução também prevê que a única cor de luz permitida é a branca.

De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do trânsito e membro da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), o direcionamento no rosto do facho de luz desses faróis pode causar cegueira momentânea e, em longo prazo, até lesões definitivas na retina provocadas pelo espectro azul. Só para se ter uma idéia, estudo realizado na Universidade Del Lavoro (Milão) aponta que o número de pessoas com degeneração macular relacionada à idade (DRMI), maior causa de cegueira irreversível no mundo, deve triplicar nos próximos 25 anos e tem como agravante a excessiva exposição à luz azul.

Além disso, ressalta, 3 em cada 10 motoristas são portadores de fotofobia, aversão à luz, que aumenta o ofuscamento na claridade e diminui o reflexo no trânsito por funcionar como um gatilho que dispersa a concentração.

Como garantir a visibilidade no trânsito

Queiroz Neto afirma que muitos portadores de fotofobia têm olhos sadios, principalmente entre pessoas de pele e olhos claros. A dificuldade de adaptação à luminosidade também tem como causas comuns o astigmatismo (vício de refração que deforma a córnea), catarata (opacificação do cristalino) e olho seco (redução da quantidade ou qualidade de lágrima). Com menor freqüência, a fotofobia também é provocada por alergia, trauma ou cicatriz na córnea, inflamações e infecções. A recomendação do especialista para quem tem o problema é passar por consulta com oftalmologista. A terapia varia de acordo com a causa:

Astigmatismo – óculos, lente de contato, cirurgia refrativa

Catarata – implante de lente intra-ocular

Trauma e cicatriz na córnea – avaliação da necessidade de transplante

Olho seco – colírio lubrificante e semente de linhaça

Alergia, infecções e inflamações – tratamento medicamentoso sob prescrição

O especialista diz que quando a sensibilidade à luz é persistente, muitas pessoas optam por colocar película de insufilme até no vidro dianteiro do carro, o que é proibido por lei. Apesar de aumentar a segurança pessoal, é um erro, porque se enxerga através da luz, e a visão influi na rapidez das decisões tomadas no volante. Além disso, a menor visibilidade reduz o senso de velocidade, aumentando a chance de acidentes. Para motoristas que têm fotofobia, o mais adequado é dirigir durante o dia com óculos escuros. No crepúsculo do entardecer, lentes âmbar são indicadas, inclusive para quem não enxerga bem, porque melhoram a visão de contraste. Já à noite, lentes amarelas reduzem o ofuscamento provocado pelos faróis. No Brasil, cerca de 35% dos motoristas precisam usar lentes oftálmicas. A recomendação para quem diariamente permanece exposto ao sol por longos períodos é proteger os olhos do raio ultravioleta com lentes que filtrem 100% da radiação. Isso porque, o sol acelera a oxidação das células oculares, aumentando a chance de se contrair fotoceratite (inflamação da córnea), pterígio, catarata e degeneração macular.

Revisão e edição: Renata Appel

Autor: LDC
Fonte: Consumidor RS

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