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Morfina pode acelerar alastramento do câncer
 
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24/11/2009

Morfina pode acelerar alastramento do câncer

Cientistas norte-americanos dizem que opiáceos como a morfina promovem o crescimento de novos vasos sanguíneos que levam oxigênio e nutrientes aos tumores

Efeito colateral da morfina

Testes em laboratório feitos em ratos sugerem que a morfina teria o efeito de encorajar o alastramento do câncer, doença cujo tratamento com frequência envolve o uso de morfina para diminuir a dor resultante de cirurgias e tumores.

Cientistas norte-americanos dizem que opiáceos como a morfina promovem o crescimento de novos vasos sanguíneos que levam oxigênio e nutrientes aos tumores.

Cautela

Em uma conferência da American Association for Cancer Research, em Boston, os pesquisadores também disseram ter identificado uma droga que teria a propriedade de anular esse efeito.

Comentando o anúncio pelos especialistas norte-americanos, a entidade britânica de fomento a pesquisas sobre o câncer Cancer Research UK disse que são necessários mais testes antes que sejam feitas mudanças nos tratamentos.

Fortalecimento da circulação sanguínea

O pesquisador Patrick Singleton, da Universidade de Chicago, disse que testes mostraram que a morfina não apenas fortaleceu a circulação sanguínea como também pareceu facilitar a invasão de outros tecidos e o alastramento de câncer.

Singleton disse, no entanto, que o efeito negativo da morfina poderia ser bloqueado com uma droga chamada metilnaltrexona, desenvolvida na década de 80 para combater a prisão de ventre associada ao uso da morfina.

Segundo o especialista, a metilnaltrexona, cujo uso só foi aprovado recentemente nos Estados Unidos, parece funcionar sem interferir com as propriedades analgésicas da morfina.

Nos testes em ratos com câncer de pulmão, a metilnaltrexona inibiu em 90% o alastramento do câncer supostamente encorajado pelo opiáceo - dizem os especialistas.

Anestesias

"Se confirmado clinicamente, isto poderia mudar a maneira como fazemos anestesias cirúrgicas nos nossos pacientes com câncer", disse Singleton.

"(O estudo) também indica novas aplicações em potencial para essa nova classe de drogas", acrescentou, em referência à metilnaltrexona.

Os testes foram iniciados após um colega de Singleton ter notado que vários pacientes sendo tratados com a nova droga sobreviveram mais tempo após a cirurgia do que o esperado.

Alívio para a dor

Mas uma médica da entidade Cancer Research UK, Laura Bell, disse que a morfina apresenta um longo histórico de oferecer alívio efetivo para a dor.

Ela observou que as pesquisas sobre o assunto estão em fase inicial e, portanto, é muito cedo para que se possa afirmar que os analgésicos baseados em opiáceos possuem de fato um efeito sobre o crescimento do câncer.

"Muitas pesquisas seriam necessárias para justificar mudanças na forma como os opiáceos são usados para tratar pessoas com câncer".


Autor: do Diário da Saúde
Fonte: BBC Brasil

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