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Camisinha não sai da gaveta
 
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01/12/2009

Camisinha não sai da gaveta

População, especialmente no interior, não usa preservativos

Apesar de 97% dos brasileiros saberem que o vírus HIV pode ser transmitido nas relações sexuais, a população do interior do país tem ignorado o uso da camisinha com seus parceiros. O resultado dessa prática provocou o crescimento da enfermidade nas cidades com menos de 50 mil habitantes. Enquanto nos grandes centros urbanos do Brasil - que concentram 52% dos 544.846 casos de Aids - houve queda de 15% na taxa de incidência da doença, nos pequenos municípios o índice dobrou. Os dados constam no Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, divulgados ontem pelo Ministério da Saúde.

Mesmo com a estabilização da enfermidade, que ainda não tem cura e mata quase 12 mil pessoas por ano no país - em 2008 foram 11.523 óbitos -, o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde está preocupado com o crescimento de casos da doença nas regiões Norte e Sul, entre as meninas de 13 a 19 anos, os jovens bissexuais e homossexuais na faixa etária de 13 a 24 anos e as pessoas acima dos 40 anos. "O aumento de infecção por HIV entre os mais velhos pode ser explicada pelo fato de 77% da população brasileira de 15 a 64 anos ser sexualmente ativa", afirma a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Mariângela Simão.

Estável no país desde 2000, o coeficiente de mortalidade está praticamente estagnado em seis óbitos por cada 100 mil habitantes. De 1980 a 2008, 217.091 mil pessoas perderam a vida em decorrência de complicações da Aids. No ano passado, foram notificados 34.480 novos casos da doença. "Essa média não tem se alterado", diz Mariângela. Em 2007, o vírus HIV infectou 33.909 brasileiros. Já a prevalência da enfermidade na faixa etária de 15 a 49 anos está em 0,61%. Entre os homens, a taxa é de 0,82%, enquanto no público feminino fica em 0,41%. Em 2009, o orçamento nacional para o combate à Aids foi de R$ 1,4 bilhão, sem incluir as internações.

Máquinas

Para o próximo ano, o Ministério da Saúde pretende testar máquinas que fornecem preservativos em escolas de ensino médio. "Ainda estamos estudando como vai funcionar. Uma das hipóteses é que, com uma senha fornecida pela escola, o aluno possa retirar uma determinada cota diária, semanal ou mensal", explica o coordenador da unidade de Prevenção do Departamento de DST e Aids, Ivo Brito.

A pasta, que já distribui camisinhas em 12 mil estabelecimentos de ensino, pretende intensificar a entrega dos insumos em todos os segmentos da população. "Queríamos comprar 1,2 bilhão de preservativos, mas só conseguimos adquirir, em uma licitação internacional, 800 milhões", diz Mariângela.

 


Autor: Rodrigo Couto
Fonte: Correio Braziliense

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