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Praticar esportes altera a visão
 
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03/12/2009

Praticar esportes altera a visão

Além da alta freqüência da conjuntivite verificada no brasileirão, aumento da transpiração e estresse geram alterações visuais que comprometem o desempenho

Praticar esportes faz um bem indiscutível à saúde, mas também pode induzir a doenças se não forem tomados cuidados simples para preservar a saúde. Este é o caso da conjuntivite (inflamação da conjuntiva) que no brasileirão afastou do campeonato vários craques: Bruno do Flamengo, Henrique do Corinthians, Arouca do São Paulo, Chiquinho do Atlético – GO, mais cinco jogadores do Fortaleza.

Coceira, vermelhidão, pálpebras inchadas, sensibilidade à luz, lacrimejamento e queda da visão são os sintomas da doença. Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a conjuntivite mal tratada pode provocar cicatrizes na córnea que causam declínio permanente da visão, mas é considera um mal menor pelo brasileiro. Tanto que só o medo da gripe suína fez a população adquirir hábitos que previnem a doença: lavar as mãos com freqüência, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e aglomerações. É o que aponta um levantamento feito pelo médico de junho a agosto quando o número de diagnósticos teve uma queda de 25%, comparado ao mesmo período de 2008.

Para Queiroz Neto, a alta freqüência da conjuntivite entre jogadores profissionais indica uma incidência bem maior nos participantes de peladas de final de semana. O problema, comenta, é que o futebol e outros esportes de contato dificultam a adesão aos hábitos preventivos. As dicas para driblar esta dificuldade são: evitar levar as mãos aos olhos e o compartilhamento de toalhas durante os jogos.

UMIDADE DOS OLHOS FACILITA SOBREVIVÊNCIA DE VÍRUS

O médico alerta que até no verão os olhos facilitam a sobrevivência de vírus por serem úmidos. Por isso, nesta época do ano a higiene deve ser redobrada para evitar a conjuntivite que cresce 20%. Além do vírus, explica, no calor a conjuntivite pode ser causada por bactérias que se proliferam em ambientes quentes e pelo contato com substâncias químicas que penetram nos olhos através do suor. Ao primeiro sinal de desconforto a recomendação é fazer compressas quentes quando houver secreção amarelada e gelada se a secreção for transparente. Não desaparecendo os sintomas em dois dias é importante consultar um oftalmologista.

DESIDRATAÇÃO AMEAÇA OLHOS


Jogadores de futebol e praticantes de outras atividades aeróbicas têm o dobro de risco de apresentar doenças relacionadas ao calor – desidratação, exaustão e choque térmico. Para os que têm IMS (Índice de Massa Corpórea) acima do normal este risco é ainda maior, afirma Queiroz Neto. Isso porque, o sobrepeso aumenta a transpiração, a chance de ocorrer alterações cardíacas e circulatórias. Na opinião do especialista, no Brasil as partidas de futebol geralmente acontecem no final da tarde para minimizar estes efeitos. Ainda assim, comenta, a transpiração intensa faz muitos jogadores sentirem câimbra por causa da grande perda de água e sódio durante os jogos. Nos olhos, ressalta, mesmo a desidratação leve, acarreta o ressecamento da lágrima cujos sintomas são ardência e visão embaçada. Para evitar este desconforto, ele diz que esportistas devem tomar, no mínimo, 2 litros de água/dia, ou até mais se sentirem sede, além de consumir alimentos ricos em Ômega 3 que melhoram a qualidade da lágrima. Até a redução da visão periférica pode ocorrer como conseqüência da falta d’água. O especialista explica que isso acontece quando a desidratação ocasiona hipotensão arterial (pressão baixa) em portadores de glaucoma de pressão intra-ocular normal – 10 a 21 mmHg (milímetros de mercúrio) - que atinge entre 10% e 15% dos portadores da doença.

HORMÔNIOS FORA DE FOCO


Queiroz Neto diz que entre atletas boa parte das dores musculares está relacionada ao estresse a que são submetidos durante as competições. Isso porque, em situações estressantes as glândulas supra-renais aumentam a produção de dois hormônios – cortisol e adrenalina – que aumentam a tensão muscular. Isso também desencadeia o enrijecimento da musculatura ciliar que sustenta o cristalino, membrana ocular responsável pela focalização das imagens. Por isso, quem tem miopia, astigmatismo ou hipermetropia pode experimentar uma piora da acuidade visual durante as práticas esportivas.

A falta de foco, comenta, contribui com o aumento das contusões, quedas e erros táticos em campo. A dica para diminuir este efeito é fortalecer a musculatura com suplementação de vitamina E que também combate a formação de radicais livres, responsáveis pelo enfraquecimento e envelhecimento precoce da visão.


Autor: Eutrópia Turazzi
Fonte: LDC Comunicação

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