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Curso Teórico-Prático de Reprodução Assistida de Longa Duração
 
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22/12/2009

Curso Teórico-Prático de Reprodução Assistida de Longa Duração

É ético oferecer a uma paciente um procedimento no qual a taxa de sucesso é muito pequena?

O jornal argentino Clarín do dia 11 de dezembro traz uma matéria muito preocupante: Ya hay mujeres que congelan sus óvulos y postergan la maternidad (http://www.clarin.com/diario/2009/12/11/sociedad/s-02059625.htm ). Além da preocupação com a abordagem do tema – congelamento de óvulos – pela mídia argentina, a reportagem nos desperta também um sentimento de compaixão por Jimena Petrella. Mesmo sem conhecermos a advogada de 33 anos, podemos constatar que ela é uma das muitas vítimas do “marketing da fertilização”, ao ler o seu testemunho no jornal: http://www.clarin.com/diario/2009/12/11/sociedad/s-02059626.htm .

“Após a leitura do material, podemos constatar que tanto na Argentina, como no Brasil, existe a idéia ‘de uma grande facilidade’ na questão do congelamento de óvulos”, diz o Prof° Dr. Joji Ueno, diretor da Clínica Gera e coordenador do Curso Teórico-Prático de Reprodução Assistida de Longa Duração, promovido, pelo Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.

Segundo Ueno, a prática clínica tem desmentido “esta suposta facilidade”. No dia 03 de novembro, a Sociedade Britânica de Fertilidade e a Associação dos Embriologistas Clínicos emitiram novas diretrizes sobre a eficácia e a segurança deste procedimento, que foram publicadas no jornal da entidade, Human Fertility (http://www.informaworld.com/smpp/content~db=all~content=a913561231 ).

“As entidades defenderam o posicionamento que o congelamento de óvulos é uma tecnologia de apoio à preservação da fertilidade de mulheres com câncer, que irão se submeter à quimioterapia ou à radioterapia, mas não é a solução para neutralizar o declínio da fertilidade feminina em decorrência da idade”, explica Ueno. As novas orientações são fruto de uma ampla revisão das pesquisas e trabalhos publicados sobre o tema, empregando diferentes tecnologias. Novas diretrizes só serão revistas e editadas pelas entidades inglesas em junho de 2013.

Veja o que a nova diretriz britânica, que deve ser observada por todos os médicos do Reino Unido, nos traz sobre o tema ou leia o documento original em inglês no site da Sociedade Britânica de Fertilidade (http://www.britishfertilitysociety.org.uk/news/pressrelease/09_11-EggFreezinGuidelines.html ):

 

* O congelamento de óvulos é uma tecnologia emergente com resultados iniciais promissores, mas o valor do congelamento de óvulos é atualmente limitado por vários fatores, incluindo o número de ovos que podem ser obtidos e as taxas de sucesso alcançado.

* Às mulheres que consideram a possibilidade de congelar seus óvulos devem ser oferecidas informações precisas sobre a segurança e as taxas de sucesso prováveis da técnica. Devem ser dadas orientações sobre os benefícios e limitações do congelamento de óvulos, em comparação com outras opções terapêuticas, como o congelamento de embriões, em vez de armazenamento de óvulos.

* Existem dois métodos principais de congelamento de ovos: resfriamento lento e vitrificação. Estudos iniciais indicam que a vitrificação pode produzir maiores taxas de sucesso do que o resfriamento lento.

* O tipo de estimulação ovariana utilizada deve ser ditada pelas necessidades de cada paciente. For example, women with hormone sensitive cancers may prefer treatments that minimise exposure to oestrogen. Por exemplo, mulheres com câncer hormônio sensíveis podem preferir os tratamentos que minimizem a exposição ao estrogênio.

* Os estudos atuais sugerem que a fertilização de óvulos descongelados é mais bem sucedida quando há a realização de uma ICSI, ao invés do emprego das técnicas de fertilização in vitro convencionais.

* São admitidas algumas situações clínicas onde o congelamento de óvulos imaturos – sem a estimulação dos ovários – poderá ser realizado, mas são necessárias mais pesquisas para identificar os melhores métodos de congelamento e de maturação in vitro destes óvulos.

Muito marketing, pouco resultado

Dados do American Society for Reproductive Medicine Practice Committee, de 2007, nos dão conta da pequena taxa de sucesso da técnica de congelamento de óvulos:

· 2% de nascidos vivos por oócitos descongelados, quando o congelamento lento foi empregado;

· 4% de nascidos vivos, para a vitrificação.

“O congelamento do óvulo, com taxa de aproveitamento aceitável, ainda não é uma realidade. Portanto, estamos distantes de poder assegurar uma gravidez futura com o emprego desta técnica. Como vender, hoje, algo que você não tem certeza que irá entregar? Este é um ótimo questionamento para os médicos que desejam trabalhar com a medicina reprodutiva. Vamos fazê-lo em sala de aula e abrir um debate sobre a questão”, diz o coordenador do Curso Teórico-Prático de Reprodução Assistida de Longa Duração.

Inscrições abertas

O Curso Teórico-Prático de Reprodução Assistida de Longa Duração tem duração de 360 horas, estrategicamente distribuídas em 10 módulos de 3 dias cada. As aulas acontecem uma vez por mês. “Em todos os módulos, contamos com a presença dos melhores professores de São Paulo, especialmente convidados para trazerem suas experiências práticas nesta área. A parte teórica do curso é realizada no Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo e, a parte prática, nas instalações cedidas pela Clínica GERA.

Programa:

* Fator tubário/peritoneal/uterino;
* Fator endócrino e reprodução assistida;
* Laboratório de Reprodução Assistida e Andrologia;
* Falha de implantação e abortamento de repetição;
* Resolução de casos complexos e aspectos éticos;
* Baixa e Alta complexidade em reprodução assistida;
* Condução racional dos casos de infertilidade;
* Restauração e preservação da fertilidade;
* Limites da fertilidade;
* Desafios e perspectivas.

Informações:

· Mais informações sobre processo seletivo do Curso:

Tel: 11-32895209

E-mail: instituto@medicinareprodutiva.org

CONTATO:

www.clinicagera.com.br

http://medicinareprodutiva.wordpress.com

http://twitter.com/jojiueno


Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW Consultoria de Comunicação - Educação

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