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Alzheimer pode proteger contra o câncer e vice versa, dizem novas pesquisas
 
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07/01/2010

Alzheimer pode proteger contra o câncer e vice versa, dizem novas pesquisas

É o que diz um estudo, publicado em dezembro na revista Neurology

Pessoas que sofrem com a doença de Alzheimer podem ser menos propensas a desenvolver câncer, ao mesmo tempo que pessoas que sofreram de algum tipo de câncer podem ter suas chances de desenvolver essa doença degenerativa do cérebro diminuidas. É o que diz um estudo, publicado em dezembro na revista Neurology, periódico científico da Academia Americana de Neurologia.

“Descobrir as ligações entre essas duas condições de saúde pode nos ajudar a entender melhor ambas as doenças e abrir diversas possibilidades para tratamentos”, diz Catherine Roe, pesquisadora da Escola de Medicina da Universidade de Washington e principal autora do artigo.

Para o estudo, o time de pesquisadores liderados por Roe acompanhou mais de 3 mil pessoas com idade de 65 anos ou mais e que participavam de outro estudo sobre saúde cardiovascular. Esses indivíduos foram acompanhados, em média, durante 5 anos observando se os participantes desenvolviam alguns dos sintomas de demência. Uma segunda parte do estudo foi feita com o acompanhamento desses mesmos indivíduos, por 8 anos, para identificar quais podiam desenvolver câncer.

Os pesquisadores apontam também que no início do estudo mais de 5% dos participantes já estavam desenvolvendo algum sintoma de Alzheimer e aproximadamente 17% também já haviam sido diagnosticados com algum tipo de câncer. Durante a pesquisa 478 dos indivíduos observados desenvolveram demência e 376 dos participantes foram acometidos de algum tipo de câncer do tipo invasivo.

O estudo mostrou que as pessoas que já sofriam com o Alzheimer tinham, em média, 69% menos chances de internação por câncer. No caso daqueles que sofriam com o câncer no início do estudo as chances de desenvolver Alzheimer haviam decrescido em 43% comparados com os indivíduos saudáveis no início do estudo. Nesse último caso, os caucasianos (denominação genérica para pessoas brancas ou de ascendência européia) foram os que apresentaram melhores taxas de decréscimo de chances da doença. Já no caso de outros grupos os resultados não se mostraram tão evidentes, alertam os pesquisadores


Autor: Imprensa
Fonte: O que eu tenho? com informações da American Academy of Neurology

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