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Automedicação com colírios cresce no verão
 
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11/01/2010

Automedicação com colírios cresce no verão

O uso incorreto de medicamentos responde por 30% das intoxicações que acontecem no Brasil

Pesquisa mostra que no verão quatro em cada 10 pessoas usam colírio sem receita médica. O mais usado é o vasoconstritor que predispõe à catarata precoce. O Brasil está entre os cinco maiores consumidores de medicamento do mundo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta a automedicação como uma grave questão de saúde pública no país pela falta de informação da população para usar o medicamento correto.

Segundo levantamento da ABIFARMA (Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas) 80 milhões de brasileiros se automedicam. O uso incorreto de medicamentos responde por 30% das intoxicações que acontecem no Brasil, mascara doenças e possibilita o sério comprometimento da saúde.

De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, no verão 4 em cada 10 pacientes que sentem desconforto visual já chegam à consulta médica usando colírio por conta própria, contra uma incidência de 30% no restante do ano. Os dados constam em um estudo inédito feito pelo especialista com 369 pacientes de novembro de 2006 a meados de janeiro de 2007. O brasileiro comenta, não vê colírio como remédio porque qualquer que seja a fórmula, provoca uma sensação de alívio imediato, por aumentar a lubrificação da superfície ocular. Porém, adverte, usar colírio inadequado pode prejudicar a visão.

Dos 369 pacientes examinados, 147 (40%) usaram colírio sem prescrição médica e o vasoconstritor respondeu por 56% da automedicação. De acordo com Queiroz Neto, usar este tipo de colírio por tempo prolongado predispõe à catarata precoce, além de poder mascarar doenças, levando a complicações visuais.

Outro erro cometido por 7 em cada 10 pacientes, destaca, é o compartilhamento do mesmo frasco de medicamento entre várias pessoas da família. Colírio não deve ser compartilhado, adverte, porque possibilita a contaminação cruzada.

Crianças e adolescentes com idade entre 9 e 17 anos responderam por 60% dos casos de automedicação do estudo, totalizando 88 pacientes. Desses, 25% estavam com conjuntivite, 30% tinham alergia ocular e 45% irritação nos olhos pelo contato com a água das piscinas ou mar sem proteção. Entre os 59 adultos, 12% apresentaram olho seco, 25% estavam com conjuntivite. Os demais tinham ceratite (inflamação da córnea) e outras doenças oculares comuns na idade adulta.

SINTOMAS, DICAS DE PREVENÇÃO E APLICAÇÃO

O especialista explica que a conjuntivite viral, ceratite, alergia e olho seco têm os mesmo sintomas: - coceira, ardência, olhos vermelhos, aversão à luz e visão borrada – mas os tratamentos são diferentes. A conjuntivite viral resulta de uma queda no campo imunológico. É facilitada pelas aglomerações, umidade e má alimentação, podendo desaparecer em três dias, afirma. Por isso, o tratamento inicial pode ser feito apenas com compressas geladas.

Nos casos mais persistentes, comenta, é indicado colírio antiinflamatório por até sete dias. O uso indiscriminado ou prolongado de antiinflamatório que geralmente contém corticóide aumenta o risco de surgir catarata e glaucoma, observa. A ceratite (inflamação da córnea) e o olho seco são decorrentes da redução do filme lacrimal devido a flutuações hormonais entre mulheres na menopausa, excesso de ar condicionado, longas viagens aéreas e uso prolongado de lentes de contato.

Na inflamação da córnea a recomendação é interromper o uso das lentes de contato e usar colírio antiinflamatório. Já o olho seco, ressalta, requer apenas a aplicação de lágrima artificial acompanhada de alimentação rica em vitaminas A e E, além da suplementação com Ômega 3. A conjuntivite bacteriana, também comum no verão por causa do tempo quente associado ao contato com a água do mar e piscinas, tem uma secreção amarelada além dos outros sintomas da viral e o tratamento é feito com colírio antibiótico.

Adultos que apresentam olhos vermelhos sem qualquer causa aparente podem ser portadores de glaucoma. No início a doença não altera a acuidade visual, mas se não for controlada a tempo com colírios adequados leva à cegueira, destaca. Para evitar a contaminação dos olhos no verão, Queiroz Neto afirma que é necessário manter as mãos limpas, não coçar os olhos, evitar aglomerações, compartilhamento de colírio, toalha, fronha e maquiagem.

As recomendações do médico na aplicação de colírio são:
• Lave as mãos antes da aplicação.
• Verifique no frasco se é recomendado agitar o produto antes de usar
• Incline a cabeça para trás.
• Flexione a pálpebra inferior com o indicador.
• Com a outra mão segure o dosador
• Coloque o medicamento sem relar no bico dosado, evitando a contaminação.
• Feche os olhos por 3 minutos para garantir o efeito
• Pressione com o polegar o canto interno do olho para reduzir efeitos colaterais
• Se usar lentes de contato retire-as antes da aplicação
• Recoloque as lentes de contato depois de 10 minutos da aplicação
• Em caso de prescrição de mais de um colírio aguarde 15 minutos entre um e outro
• Só aplicar medicação dentro do prazo de validade estipulado na embalagem


Autor: Imprensa
Fonte: Eutrópia Turazzi

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