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Incidência de câncer de peritônio aumenta gradativamente, alertam especialistas
 
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18/01/2010

Incidência de câncer de peritônio aumenta gradativamente, alertam especialistas

Embora ainda desconhecida pela população, a doença tem sido bem mais debatida desde que a apresentadora Hebe Camargo foi diagnosticada com a condição

A incidência de câncer de peritônio – doença que afeta a membrana que envolve os órgãos abdominais – tem crescido nos últimos anos, principalmente na população masculina com idade acima de 50 anos, segundo especialistas. Embora ainda desconhecida pela população, a doença tem sido bem mais debatida desde que a apresentadora Hebe Camargo foi diagnosticada com a condição.

O câncer de peritônio é classificado em primário e secundário. O câncer primário, ou mesotelioma, se forma na própria membrana, e o secundário, ou carcinomatose peritonial, se inicia em algum órgão da região – sobretudo intestinos, ovário, útero, estômago, pâncreas e reto – e, por metástase, invade o peritônio.

Segundo o oncologista Fernando Medina da Cunha, diretor Científico do Centro de Oncologia Campinas, cerca de 70% a 80% dos pacientes diagnosticados com câncer primário no peritônio tiveram exposição ao asbesto presente no amianto, que, na década de 70, era usado na fabricação de telhas e caixas d’água. “A exposição ao produto não leva ao câncer rapidamente, apenas décadas depois. Assim, quem se expôs ao produto entre os anos de 1950 e 1980, por exemplo, quando era liberado no país, só agora vê a manifestação da doença. Por isso, o aumento da incidência”, explica o especialista.

Os outros 20% a 30% da incidência da doença ainda têm causa desconhecida. O oncologista afirma que pode ser resultado do próprio envelhecimento humano. “Sabe-se que quanto mais uma pessoa envelhece, mas fica exposta a erros na divisão celular, que marca o início do câncer”, afirma Medina.

Os sintomas da doença, segundo o especialista, podem incluir dor abdominal, massa abdominal, aumento da circunferência abdominal, distensão do abdômen, ascite (fluído no abdômen), febre, perda de peso, fadiga, anemia e distúrbios digestivos. “O tratamento padrão associa a retirada cirúrgica do maior volume possível de tumores e sessões de quimioterapia, assim como está sendo feito com a apresentadora. Porém, por ser uma cirurgia muito extensa, nem sempre é possível fazê-la em um primeiro momento”, pondera. Excesso de líquidos na cavidade abdominal e a extensão dos tumores podem impedir a cirurgia, que pode ser precedida pela quimioterapia.

O tumor primário de peritônio é considerado uma doença grave. Como ocorre, sobretudo, em idosos, que muitas vezes já têm outras doenças, em geral, não é possível submetê-los a cirurgia. Em torno de 60% dos casos, contudo, respondem bem à quimioterapia. “Esse câncer ainda não tem cura. Mas, dependendo de sua agressividade, ou seja, velocidade de seu crescimento, é possível controlá-lo, proporcionando aos pacientes bom tempo de sobrevida”, finaliza o oncologista.

Fonte: Sigmapress Assessoria de Imprensa. Press release enviado em 15 de janeiro de 2010.


Autor:
Fonte: Boa Saúde

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