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26/01/2010

Emagreça com saúde

Farinhas de feijão-branco, linhaça e maracujá: uma pequena quantidade diária já é suficiente para reduzir o excesso de peso de modo natural e saudável, além de trazer benefícios ao organismo

Quem deseja emagrecer e resolve diminuir o cardápio pela metade, ou, pior, seguir dietas perigosas, talvez não enxergue com clareza o quanto isso é prejudicial à saúde. E quando o assunto é alimentação, opções naturais podem ser ótimas para ajudar a manter o peso em dia e garantir uma integridade física. É aí que entram em cena as estrelas desta reportagem: as farinhas de feijão-branco, linhaça e maracujá.

A cada dia, estudos são realizados comprovando que acrescentar essas opções nas refeições pode ser tiro e queda para ajudar a eliminar gordurinhas extras e até controlar a diabete. No entanto, o consumo deve ter limites, para não ocorrer o efeito inverso e comprometer a saúde do organismo. A seguir, você vai conferir quais os benefícios de cada uma dessas farinhas e o modo ideal de inseri-las na alimentação.

O consumo excessivo de qualquer farinha pode causar desconforto abdominal, náuseas e diarreia.

Farinha de feijão-branco

Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, analisaram 50 adultos obesos que fizeram uma dieta saudável, sendo que metade deles consumiu farinha de feijão antes das refeições. Após oito semanas, a diferença foi considerável: aqueles que ingeriram a farinha ficaram, em média, 1,7 quilo mais magros e com o nível de triglicerídeos (tipo de gordura decorrente da alimentação que fica armazenada no corpo) três vezes menor.

Outros estudos já feitos também registraram perdas de peso de até 4% em um mês. A pesquisa feita na Universidade do Colorado (EUA), por exemplo, concluiu que o consumo do feijão-branco em conjunto com outros alimentos ricos no chamado amido resistente (amido que passa pelo estômago e chega ileso ao intestino delgado) pode queimar até 25% das gorduras acumuladas.

A explicação para todos esses benefícios que simples grãozinhos brancos podem trazer está na composição. “A farinha de feijão-branco tem faseolamina, substância que inibe a ação da amilase, uma enzima que digere o carboidrato” explica a nutricionista Flávia Morais, da Mundo Verde Franquia. Isso significa que parte dos carboidratos não é digerida e, por causa disso, não será absorvida pelo organismo.

Para entender esse efeito, podemos fazer o seguinte raciocínio: ao ingerir uma refeição com 200 gramas de carboidratos (pães, bolos e outras massas), a farinha de feijão fará que aproximadamente 20% dessa substância não seja absorvida. É como se o consumo fosse de uma porção reduzida, 160 gramas nesse caso.

O feijão-branco também é ótima fonte de proteínas, vitaminas do complexo B, fibras e cálcio. “No entanto, por ser ingerido em pequenas porções quando consumido na forma de farinha, esses nutrientes não estão em quantidades tão significativas”, lembra Flávia Morais. Quanto à quantidade ideal, a sugestão dada por Dith Mesquita, professora de Nutrição da Universidade Anhembi Morumbi (SP), é de uma colher de café rasa: “Pode ser acrescentada na comida ou dissolvida em um copo de água meia hora antes do almoço e do jantar que terão carboidrato”.

Essa quantidade já é suficiente para que o efeito sobre a absorção de amido (carboidrato) seja eficaz. Passar desse limite pode ser perigoso. “Quantidades maiores, em vez de levarem a uma maior perda de peso, podem desencadear efeitos colaterais, como desconforto abdominal, náuseas e diarreia”, alerta. O motivo é que esses carboidratos não digeridos correm o risco de serem fermentados por bactérias intestinais, produzindo gases. Por isso, nada de abusar no consumo.

Farinha de linhaça

Já usada como amuleto contra feitiçaria na Idade Média, a linhaça é conhecida por seus inúmeros benefícios ao organismo. A farinha dela não é diferente. “Além de possuir alto teor de fibras, quando é triturada libera ômega-3, um tipo de gordura que atua beneficamente no sistema cardiovascular e serve de anti-inflamatório e antioxidante”, explica Avany Bom, professora de Nutrição da Anhembi. Os ácidos graxos (ômega-3) auxiliam na redução das taxas de colesterol e da pressão arterial.

Além disso, a farinha também possui lignanas, substâncias potentes que atuam aliviando os sintomas desagradáveis da menopausa e da tensão pré-menstrual. Isso foi comprovado por cientistas da Universidade Monash, na Austrália. Eles verificaram que complementar a dieta com a farinha da linhaça evita os sintomas da menopausa, tumores de mama e de ovário.

As responsáveis por ajudarem no emagrecimento são as fibras. “Elas contribuem para o bom funcionamento intestinal, redução das taxas de colesterol e glicose”, explica Thais Souza, nutricionista da Mundo Verde. “Ao entrarem em contato com a água no interior do estômago, formam uma espécie de gel que ocupa espaço, promovendo a sensação de saciedade e reduzindo o apetite.”

A farinha pode ser adicionada em sucos, vitaminas, saladas de frutas, iogurte natural, entre outras preparações. A quantidade recomendada é de uma a três colheres de sobremesa ao dia. Assim como no caso da farinha de feijão-branco, o consumo deve ser regulado. Em excesso, pode causar desconfortos intestinais e prejudicar a absorção de minerais.

Farinha de Maracujá

A farinha vem da casca da fruta e também é ótima fonte de fibras. “A fibra solúvel que ela possui é a pectina, que aumenta o tempo de esvaziamento gástrico, conferindo maior saciedade, menor ingestão de alimentos e, consequentemente, auxiliando na perda de peso”, explica a nutricionista Dith Mesquita. O processo é o mesmo que as fibras da farinha de linhaça: forma-se uma espécie de esponja no interior do estômago que dá a sensação de saciedade, diminuindo a quantidade ingerida de alimentos durante as refeições.

A casca também é rica em vitamina B3 – que melhora a ansiedade e protege as paredes do estômago – ferro, cálcio e fósforo. Além desses benefícios, a farinha é ótima para os diabéticos, pois contribui para o controle das taxas de glicose, colesterol e triglicérides sanguíneos e regulariza o funcionamento intestinal. “A pectina retarda a absorção dos carboidratos, principalmente da glicose [açúcar], auxiliando dessa forma, na redução da glicemia”, explica Natalia Lautherbach, nutricionista da Mundo Verde.

O benefício para o coração foi comprovado por um estudo feito na Universidade Federal da Paraíba, com 17 mulheres com colesterol alto. Aquelas que consumiram a farinha de maracujá não só tiveram as taxas do colesterol ruim (LDL) reduzidas, como chegaram a perder até oito quilos.

O consumo ideal são de três colheres de sobremesa ao dia, de preferência uma em cada refeição, podendo ser misturada em sucos de frutas naturais e vitaminas. A atenção para o exagero também deverá existir, de modo a evitar possíveis problemas intestinais.

É importante lembrar, também, que não é indicado misturar as farinhas, ou seja, utilize apenas uma na alimentação, e que o consumo de qualquer uma delas implica uma ingestão abundante de água para que o efeito das fibras seja eficaz, por volta de 2 litros por dia. “Além disso, a perda de peso dependerá de vários fatores, tais como as necessidades energéticas do indivíduo e a quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos no dia”, lembra Dith Mesquita. Por isso, é preciso consumir essas farinhas mantendo uma dieta balanceada e o máximo possível de hábitos saudáveis no dia a dia, como dormir bem e praticar exercícios.

Faça em casa

Feijão-branco: lave os feijões e deixe secar ao sol. Depois, triture no liquidificador ou processador e peneire. O ideal é preparar pequenas quantidades, que serão consumidas em até 10 dias, para que o extrato não fique velho e tenha menos efeito.

Linhaça: o melhor é triturar as sementes em um processador logo antes do consumo. Para preservar as propriedades da farinha, caso seja armazenada, guarde em um recipiente de vidro escuro, impedindo o contato da luz que pode oxidar as gorduras, e deixe na geladeira por um período máximo de três dias.

Maracujá: lave bem a casca e torre antes de triturar, em forno médio por aproximadamente 30 minutos. Não há necessidade de consumo imediato, pois apresenta boa estabilidade, podendo ser conservada por até 90 dias em recipiente fechado, longe de umidade e abrigado da luz.

 


Autor: Imprensa
Fonte: Revista Vida Natural e Equilíbrio

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