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O IBGE voltado ao deficiente é analisado
 
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24/02/2010

O IBGE voltado ao deficiente é analisado

De cada 100 brasileiros, no mínimo 14 apresentam alguma limitação física ou sensorial

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) buscou identificar a realidade sócio-econômica e o número de pessoas com deficiência no Brasil. Os dados que compuseram essa pesquisa foram colhidos por amostragem, por meio de questionários completos (que incluem perguntas sobre deficientes), passados a cada dez domicílios visitados, ora extraídos da home page oficial do IBGE, refletindo apenas uma amostragem da população do Brasil, e não a totalidade de pessoas com deficiência do país. Talvez isso explique, porque nunca foram suficientes os recursos aplicados nesta área.

Neste trabalho foi utilizado um percentual da Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera que em países desenvolvidos, 10% da população são portadoras de algum tipo de deficiência.

Espera-se que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o governo brasileiro apurem números mais próximos da realidade ao fazerem o levantamento estatístico das pessoas portadoras de necessidades especiais, para que seja possível adotar políticas públicas e de planejamento na atenção deste considerável segmento populacional, até hoje pouco conhecido e praticamente desprezado.

"Fonte IBGE - Censo 2000.

Pessoas com Deficiência no Brasil

Censo Demográfico - 2000

O Censo indica um número maior de deficiências do que de deficientes, uma vez que "as pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência firam contadas apenas uma vez" (Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000, nota 1), portanto, o número de pessoas que apresentam mais de uma deficiência é de quase dez milhões.

O Censo Brasileiro de 2000 revelou que 14,5% da população brasileira era portadora de, pelo menos, uma das deficiências investigadas pela pesquisa.

A maior proporção se encontrava no Nordeste (16,8%) e a menor no Sudeste (13,1%).

Após várias reivindicações, o IBGE incluiu nos questionários do Censo um item específico das PPD's (pessoas portadoras de deficiência). Pela primeira vez, o Brasil conhece e tem uma radiografia da população com deficiência.

Anteriormente, o país utilizava os dados estimativos da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre os quais os governantes executavam as suas plataformas administrativas, razão pela qual nunca foram suficientes os recursos aplicados às pessoas com deficiência.

Havia uma discrepância enorme entre os dados fornecidos pela OMS e a realidade vivida no Brasil.

Os dados apresentados pelo IBGE conferem maior confiança, com uma margem de erro muito pequena.

Como podemos perceber, os dados são muito diferentes daqueles que o País usava até a algum tempo atrás.

Mas, ao analisarmos mais atentamente esses dados, nos assustamos, porque encontramos uma população de mais de 24,5 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência.

Dentre os deficientes visuais, 159.824 responderam que são incapazes de enxergar. Já entre os brasileiros com deficiência auditiva, 176. 067 responderam que são incapazes de ouvir.

Os dados do Censo mostram ainda, que os homens predominam nos casos de deficiência mental, física ("especialmente no caso de falta de membro ou parte dele") e auditiva.

O resultado é compatível com o tipo de atividade desenvolvida pelos homens e mostra que os acidentes de trabalho vêm contribuindo no aumento destes índices.

Entre as mulheres, predomina as dificuldades motoras ("incapacidade de caminhar ou subir escadas") ou visuais, o que até certo ponto é coerente porque elas dominam na composição por sexo da população e idade acima de 60 anos.

Também, ao somarmos o número de deficientes físicos com o dos motores, temos um total de 3,91 % de pessoas com dificuldades físicas, ou seja, 6,59 milhões de brasileiros".

Os dados que estavam disponíveis nesta área, além de serem parciais e contraditórios, eram estimativas de países em desenvolvimento, mas com dificuldades muito menores que as nossas.

Finalmente, conseguimos mostrar a cara do Brasil deficiente. Conseguimos mostrar que de cada 100 brasileiros, no mínimo 14 apresentam alguma limitação física ou sensorial. Esta última em número muito maior em relação àquela.

Por outro lado, os dados nos jogam para uma dura e triste realidade. Onde estão estes cidadãos e cidadãs? Estão trabalhando? Estão na escola? Têm acesso à saúde, ao lazer, ao prazer, ao trabalho?

Realmente, são perguntas que não podem calar diante de tais dados.

Não podemos deixá-los sem resposta. Afinal, estamos em um novo século, um novo milênio, na era tecnológica...

Toda a sociedade espera estas respostas.

 

 


Autor: André Paes Leme Paioli
Fonte: floter e schauff

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