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Conheça as doenças causadas pelo tabagismo
 
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03/03/2010

Conheça as doenças causadas pelo tabagismo

O tabagismo é responsável pelo desenvolvimento e pela perpetuação do processo inflamatório das vias aéreas, desencadeando uma série de doenças

Doenças como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), as neoplasias pulmonares e as doenças intersticiais, são as mais comuns. O cigarro é responsável também por agravar a evolução da asma.

"O tabagismo é o fator de risco mais importante para estas doenças, porém não é o único. Fatores genéticos, inalação de poeiras e fumaças podem estar envolvidos nestes processos. No entanto, a cessação tabágica é sempre benéfica, tanto para efeito de prevenção como para melhora da evolução de doenças já instaladas", destaca dra. Maria Penha Uchoa Sales, presidente da Sociedade Cearense de Pneumologia e Tisiologia (SCPT) e membro da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Como em qualquer doença crônica, a especialista adverte que pacientes de doenças pulmonares devem ser informados sobre a evolução e prognóstico de sua doença, assim como sobre a necessidade de adesão ao tratamento. "Ele deve entender que podem ocorrer episódios de exacerbação, passíveis de tratamento, que não apenas melhora os sintomas, mas também aumenta a tolerância aos exercícios e oferece mais qualidade de vida".

Outro ponto importante, explica, é conhecer os fatores de risco e evitá-los, assim como saber reconhecer os momentos de crise e quando é necessário procurar emergência médica.

Um dos fatores de risco, mesmo para quem não fuma, é a fumaça do cigarro. A irritação ocular é imediata em 80% dos casos, acompanhada de dor na garganta, dor de cabeça e tosse. Em longo prazo, o indivíduo pode apresentar também expectoração, chiado e dispneia, além de maior incidência e gravidade de asma na infância e, em menor extensão, no adulto.

Esse risco se estende para infecções respiratórias de repetição e morte súbita na infância. Para aqueles que convivem com o tabaco e não são fumantes, há um aumento de 30% da chance de desenvolver câncer do pulmão e 24% para o infarto agudo do miocárdio.

Doenças causadas pelo tabagismo

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Associada à resposta inflamatória exagerada do pulmão à inalação de partículas e/ou gases tóxicos, é prevenível e tratável. Caracteriza-se pela combinação de bronquite crônica e do enfisema pulmonar, com predominância de um ou de outro. Cerca de 85% dos portadores de DPOC são fumantes; os demais estão expostos a fatores ambientais como poeira, fumaça, irritantes químicos, infecções respiratórias graves na infância, entre outros. Estima-se que a DPOC causa aproximadamente 3 milhões de óbitos anuais, número 15 vezes maior que as mortes por asma. É a quinta causa de internação no Sistema Único de Saúde, com gasto de cerca de 72 milhões de reais. Está entre as dez principais causas de óbito nos brasileiros.

Parar de fumar é a intervenção mais efetiva para reduzir o risco de desenvolver a DPOC e também para melhorar sua progressão. A terapêutica farmacológica visa a prevenir e controlar sintomas, melhorar a tolerância ao exercício e a qualidade de vida, além de reduzir a frequência e a gravidade das exacerbações, diminuindo as internações, os custos com a doença e principalmente a mortalidade.

Os broncodilatadores de ação prolongada são peças centrais para controlar os sintomas. Já o tratamento não-farmacológico inclui a oxigenoterapia, a vacina contra influenza e pneumococo, bem como a reabilitação pulmonar com consequente melhora da qualidade de vida, redução dos sintomas respiratórios aumento da tolerância e desempenho no exercício e retorno ao trabalho.

Doenças Intersticiais pulmonares

Os efeitos do tabagismo no desenvolvimento das doenças intersticiais não são bem conhecidos, porém alguns dados sugerem que os mecanismos envolvidos sejam similares àqueles da DPOC. Geralmente são caracterizadas pela presença de tosse seca, dispneia progressiva, distúrbio ventilatório na função pulmonar, entre outros comprometimentos. A cessação do tabagismo é um ponto-chave para a melhora na evolução destas doenças.

Câncer de pulmão

O tabagismo é o principal fator de risco, presente em até 90% dos casos. Fatores genéticos, poluição atmosférica e exposição às radiações ionizantes e fibras minerais também são atribuídos à neoplasia.

Em 2000, o câncer de pulmão matou mais mulheres do que o câncer de mama, ovário e útero combinados. De acordo com a estimativa de incidência do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o ano de 2009, a doença atingirá 27.270 brasileiros, dos quais 17.810 homens e 9.460 mulheres.

O tratamento é baseado em cirurgia, quimioterapia e radioterapia, dependendo do estágio da neoplasia. Apesar dos avanços na detecção e na terapêutica, a sobrevida ainda é baixa principalmente nos países em desenvolvimento como o Brasil.

Medidas importantes

"A educação continuada é fundamental para esclarecimento da população quanto aos riscos dos tabagismos ativo e passivo, porém não basta para controlar a doença. É necessária uma lei mais restritiva quanto ao ambiente 100% livre do fumo. Nesta situação, o binômio educação-legislação é imbatível, uma vez que defende uma questão de saúde publica, principalmente quando se tem dados como os da OMS, que atestam que o tabagismo passivo é a terceira causa de morte evitável no mundo", defende dra. Maria Penha.

Para a pneumologista, ações como as propagandas que sensibilizem o fumante, mostrando que ele é bem-vindo em qualquer ambiente fechado, mas respeitando o direito do não-fumante em não querer se expor ao cigarro, são de grande valia. Além disso, mostram, especialmente aos jovens, o quanto eles são presas da indústria do tabaco e que a escolha deve ser pelo prazer aliado à qualidade de vida, como a prática esportiva, por exemplo.
 


Autor: Imprensa
Fonte: Planeta Médico

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