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Cresce incidência de Câncer de Mama em mulheres jovens
 
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05/03/2010

Cresce incidência de Câncer de Mama em mulheres jovens

Situação preocupa especialistas, já que a mulher jovem acaba sofrendo mais com os efeitos colaterais do tratamento da doença

Apesar de ser menos frequente em pacientes com idade inferior a 40 anos, a incidência do câncer de mama em mulheres jovens vem crescendo nos últimos anos. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que o diagnóstico em pacientes com idade inferior a 40 anos subiu de 3% para 17% do total de casos nos últimos anos. Dados alarmantes que inspiram cuidados e preocupam especialistas da área, já que a mulher jovem – por ter mais tempo de vida pela frente – acaba sofrendo mais com os efeitos colaterais do tratamento da doença.

O oncologista Fernando Medina da Cunha, diretor científico do Centro de Oncologia Campinas, explica que o câncer de mama em mulheres é muito complexo, pois mexe com o psicológico e abala a auto-estima feminina. “A mastectomia, que é a retirada da mama, é um dos tratamentos mais utilizados nos casos de câncer de mama. Em nossa sociedade a mulher se destaca como um ícone de beleza e vaidade, e a mama feminina simboliza toda a sensualidade e feminilidade. Assim, qualquer alteração na sua imagem acarretará modificações no seu dia-a-dia”, explica Medina.

Mas, segundo o especialista, o momento mais difícil enfrentado pelas mulheres ainda é a quimioterapia, não só pelo sofrimento físico com os efeitos colaterais, mas também pelo impacto psicológico. “É o momento em que a mulher realmente demonstra estar doente, muito mais do que depois da cirurgia. A queda dos cabelos, tão importantes na vaidade feminina, afeta seriamente a auto-estima. Além disso, a quimioterapia provoca a diminuição da libido, o ressecamento vaginal e a interrupção da menstruação”, explica Fernando Medina.

A doença é a principal causa mundial de morte por câncer da população feminina entre 39 e 58 anos de idade. No Brasil, o número de casos novos de câncer de mama esperados para 2010 será de 49.240, com um risco de 49 casos a cada 100 mil mulheres, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde já existe uma concentração maior de diagnósticos da doença.

Segundo Fernando Medina, esse tipo de câncer não possui ainda uma causa definida, mas alguns fatores de risco são conhecidos, como histórico familiar (mãe ou irmã com esse tipo de tumor na pré-menopausa), presença de alterações genéticas (modificações nos genes associados à doença), além do ritmo de vida acelerado vivenciado hoje por grande parte das mulheres. “Pacientes jovens fumam com mais fequencia, trabalham mais, estão mais sujeitas ao estresse e utilizam anticoncepcionais por tempo indeterminado. “É importante dizer que mudanças de hábitos, como a prática de atividades físicas regularmente, ter uma alimentação saudável e parar de fumar, ajudam a prevenir o câncer, tanto o de mama quanto outros que atingem as mulheres”, esclarece Medina.

O oncologista destaca ainda que, no caso de pacientes jovens, não é indicada a mamografia sem recomendação médica. “É preciso lembrar que este é um exame que inclui a emissão de radiação ionizante que, quando aplicada de forma excessiva, pode ser nociva à saúde. Por isso, não devemos antecipar a inclusão da mamografia no cotidiano de uma mulher precocemente, caso ela não tenha histórico familiar ou alterações genéticas que justifiquem o exame”, ressalta.

O auto-exame que salva

O auto-exame, conhecido como exame de toque, é o método mais antigo e o mais fácil para detecção precoce da doença. Porém, o oncologista chama a atenção para o modo como as mulheres se tocam. “Dependendo da maneira que é feito, o auto-exame se torna ineficaz para identificação do tumor”, afirma. É importante ficar atenta ao período que é feito o auto-exame, devendo ser realizado mensalmente sete dias após o início da menstruação, quando as mamas já não estão mais inchadas, o que facilita a percepção de quaisquer alterações, tais como pequenos nódulos nas mamas e axilas, saída de secreções pelos mamilos, mudança de cor da pele, retrações, etc.

Aproximadamente 80% dos tumores são descobertos pela própria mulher ao palpar suas mamas. Porém, um dos fatores que dificultam o tratamento é o estágio avançado em que a doença é descoberta. Cerca de 50% dos casos são diagnosticados em estágios avançados, gerando tratamentos muitas vezes mutilantes o que causam maior sofrimento à mulher. O oncologista afirma que pelo menos um terço dos casos novos de câncer poderiam ser prevenidos, caso houvesse uma cultura de prevenção entre as mulheres. “Por isso, é tão importante fazer o auto-exame das mamas mensalmente, adquirir hábitos saudáveis no dia-a-dia e fazer consultas periódicas com especialistas”, recomenda o especialista.


Autor: Imprensa
Fonte: Sigmapress

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