.
 
 
Pedras nos rins
 
+ Sa�de
 
     
   

Tamanho da fonte:


25/03/2010

Pedras nos rins

Tire suas dúvidas

10 questões sobre pedra nos rins

A litíase urinária ou cálculo renal, mais conhecida pelas pessoas como “pedras nos rins”, é um problema de saúde muito comum entre a população. Isto ocorre por que a urina contém, naturalmente, diversas substâncias que podem se aglomerar e formar uma pedra, como cálcio, ácido úrico, fosfato, etc. O surgimento das pedras é provocado por vários fatores relacionados à alimentação, mau funcionamento do sistema urinário ou a predisposição genética.

“Entre 10 e 15% da população mundial (OMS) pode apresentar, em algum momento da vida, pelo menos um episódio de cólica nefrética, que é quando a pedra sai do rim e passa pelos ureteres em direção à bexiga, causando uma forte dor em cólica. A migração da pedra dentro do ureter causa dor de forte intensidade que, geralmente, obriga a pessoa a procurar o pronto-socorro”, esclarece Oskar Kaufmann médico urologista dos Hospitais Albert Einstein e São Luiz.

Quem sofre de “pedras nos rins” pode apresentar um quadro de sintomas variável que se relaciona diretamente com o tamanho e a localização do cálculo. “É possível fazer o diagnóstico tanto nos episódios de cólica renal, como durante exames de rotina através de ultrassonografia e tomografias computadorizadas”. Na entrevista abaixo, o especialista traz outros detalhes sobre o assunto.

1. Quais os sintomas de quem tem “pedras nos rins”?

A cólica nefrética é muito comum e é causada pela migração do cálculo formado dentro do ureter. É uma dor em cólica muito forte que começa na região da coluna lombar (nas costas) e vai migrando em direção à raiz da coxa. É um tipo de dor muito intensa e tem uma característica importante: o paciente com cólica renal não consegue ficar parado, não havendo posição de melhora. Além da dor, a passagem do cálculo pelo ureter provoca sangramentos e a urina sai avermelhada. Também é comum sentirem náuseas e vômitos.

2. Como se desenvolve e qual o tamanho médio de um cálculo?

Os principais fatores que influenciam no aparecimento de cálculo são baixo volume de urina, excesso de eliminação de cálcio na urina, diminuição da eliminação de citrato na urina e fatores dietéticos, como baixa ingestão de líquidos, tipo de líquido ingerido, alta ingestão de cloreto de sódio e de proteínas além de ingestão baixa de cálcio.

3. Existem alguns sintomas prévios que podem fazer com que seja indicado que a pessoa procure um urologista?

Se uma pessoa sentir dor lombar, tiver casos de infecção urinária de repetição, notar a presença de sedimentos/areia na urina e ou eliminação de pedras e, eventualmente, presença de sangue na urina deve procurar o quanto antes um urologista para avaliação.

4. Quem é propenso a desenvolver pedra nos rins? Por que os homens sofrem mais com a doença? Existe uma idade média na qual a pedra nos rins possa aparecer?

Em geral, o cálculo renal é mais frequente em homens do que em mulheres, numa proporção de 3:1, atingindo frequentemente pessoas dos 25 aos 35 anos, e é mais comum em brancos do que nas outras raças. Fatores ambientais, como a dieta, também influenciam na formação dos cálculos.

5. Que tipo de alimentação pode influenciar no aparecimento deste problema? Existe alguma dieta que possa evitar a formação de cálculos?

Tomar bastante água é fundamental para evitar a formação de cálculos. Cerca de 50% das pessoas com estória de cálculo urinam menos de 2 litros por dia. Aumentar a diurese para 4 litros por dia diminui em muito o risco de formação de uma pedra. Deve-se tomar muita água, chá e suco de frutas cítricas (laranja, limão e acerola), que são ricas em citrato. Alguns estudos mostram que as pessoas que mudam seus hábitos de vida em relação à ingestão de água e dieta conseguem evitar a formação de novas pedras comparadas com as pessoas que mantiveram o mesmo hábito.

Embora pareça confuso, é preciso manter uma dieta rica em cálcio para evitar a formação de cálculos, mesmo que a maior parte dos cálculos seja de oxalato de cálcio. É que o cálcio da dieta se liga na luz do intestino com o oxalato. O oxalato de cálcio formado não é absorvido pelo intestino e é eliminado na evacuação. Uma dieta pobre em cálcio faz com que o oxalato fique livre. Na forma livre, ele é absorvido pelo intestino, vai para o sangue e acaba eliminado pela urina. Na urina, o oxalato se combina com o cálcio formando as pedras.

“Entre 10 e 15% da população mundial (OMS) pode apresentar, em algum momento da vida, pelo menos um episódio de cólica nefrética, que é quando a pedra sai do rim e passa pelos ureteres em direção à bexiga, causando uma forte dor em cólica. A migração da pedra dentro do ureter causa dor de forte intensidade que, geralmente, obriga a pessoa a procurar o pronto-socorro”, esclarece Oskar Kaufmann médico urologista dos Hospitais Albert Einstein e São Luiz. Na entrevista abaixo, o especialista traz outros detalhes sobre o assunto.

6- Quem foi submetido a cirurgia bariátrica, pode ter mais facilidade a desenvolver o cálculo renal? Por quê?

Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, em geral, possuem quase duas vezes mais risco de ter pedra nos rins e de sofrer de deficiência de cálcio e de vitamina D no organismo. Durante cinco anos, pesquisadores da Johns Hopkins University avaliaram 4.639 pacientes que fizeram a cirurgia e compararam com número idêntico de obesos que não se submeteram à redução de estômago. Neste estudo – publicado no Journal of Urology, 2009 – observou-se que 7,65% daqueles que fizeram a cirurgia foram diagnosticados com pedra nos rins, enquanto apenas 4,63% das pessoas do grupo de controle tiveram o problema. Era claro que existia um aumento no número de casos, mas os especialistas não tinham como afirmar que existia essa relação antes destes dados.

7- Quais as complicações que podem ocorrer no organismo se a doença não for tratada?

Em alguns casos, os cálculos muitos grandes podem se formar na saída dos ureteres do rim, uma região chamada de pelve renal. Esse tipo de cálculo pode levar à insuficiência renal, porque eles vão crescendo lentamente e, como são muito grandes, não migram pelo ureter e acabam impedindo a saída da urina. Geralmente, eles não causam dor e, por isso, muitas vezes o diagnóstico deixa de ser feito. Cálculos menores, além do quadro doloroso, quando forem obstrutivos podem levar a um quadro de infecção dos rins se a urina permanecer em estase/parada por um tempo prolongado.

8- Quais os tipos de tratamentos mais eficazes para combater o cálculo?

A parte mais importante do tratamento do cálculo renal é aumentar a ingestão diária de água. Uma pessoa deve beber de 2,5 a 3 litros de água por dia. Em lugares muito secos, é fundamental manter uma ingestão de água elevada para a prevenção dos cálculos. Além da água, vários tipos de chás são benéficos, entretanto o chá mate é rico em oxalato e deve ser evitado. O vinho tinto parece ter um efeito protetor na formação de cálculos.

O tratamento depende da causa. Há medicamentos que são utilizados para diminuir a excreção de cálcio na urina como os diuréticos tiazídicos. Em relação ao oxalato, a conduta será diminuir a ingestão dos alimentos ricos nesta substância. Outra forma de prevenir os cálculos de oxalato é aumentar o cálcio da dieta, como já comentamos. A falta de citrato pode ser tratada pela reposição diária de cápsulas de citrato de potássio ou bicarbonato de potássio. Cada caso deve ser analisado por um urologista que indicará o melhor tratamento.

Quando o cálculo impacta no ureter é indicado tratamento endoscópico. Isso, em geral, acontece com cálculos acima de 0,5 cm. Nesse caso, a conduta é passar um endoscópio pela uretra, bexiga e entrar no ureter para se destruir a pedra por meio de laser. Atenção: um cálculo preso no ureter obstrui a passagem da urina e, depois de algum tempo, o rim pode parar de funcionar.

Para casos de pedras na região da pelve renal, a litotripsia é um tratamento que pode ser utilizado nesse caso. É um procedimento que bombardeia a região do rim com ondas de choque com o objetivo de implodir a pedra. Esse procedimento só tem indicação em alguns tipos de cálculo.

9- Quem já expeliu a pedra, pode desenvolver um novo cálculo? Por que isso acontece? Existe alguma estatística de quantas pessoas sofrem com o problema no Brasil e do mundo?

Depois que uma pessoa tem um episódio de litíase (aproximadamente 10% da população mundial), ela tem 15% de chance de ter um novo episódio no ano seguinte, de 35 a 40% de chance de um novo episódio em 5 anos e de 60 a 70% de um novo episódio em 10 anos. Cerca de 30% dos pacientes precisarão de algum tipo de internação em pronto-socorro ou enfermaria por causa do cálculo; e cerca de 15% necessitarão de algum procedimento cirúrgico ou endoscópico para retirar o cálculo. (Campbells – Urology 2009).

10- A atividade física em excesso, sem reposição adequada de líquidos, pode favorecer o aparecimento do cálculo renal?

Durante a perda intensa de líquidos o metabolismo se altera. A possibilidade de formação de cálculos é um dos principais incentivos para que os pacientes se mantenham hidratados em treinos extenuantes. Os atletas devem se hidratar adequadamente a fim de manter o fluxo renal adequado, bebendo bastante água, o que contribui na prevenção do aparecimento das pedras.


Autor: Imprensa
Fonte: O que eu tenho?

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581