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Diagnóstico precoce é fundamental no tratamento de cardiopatias em crianças
 
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29/03/2010

Diagnóstico precoce é fundamental no tratamento de cardiopatias em crianças

Estima-se que, de cada mil crianças brasileiras, de cinco a oito nascem com doenças no coração

Ao contrário do que se possa imaginar, crianças e adolescentes também podem apresentar problemas cardíacos. Entretanto, na maioria das vezes, são as cardiopatias congênitas, ou seja, que estão presentes desde o nascimento. Estima-se que, de cada mil crianças brasileiras, de cinco a oito nascem com doenças no coração. Dessa forma, quanto mais precocemente é feito o diagnóstico, maiores serão as possibilidades de se oferecer o tratamento mais indicado e melhorar os resultados e a qualidade de vida futura.

De acordo com a chefe do serviço de Cardiopediatria do HCor - Hospital do Coração, Dra. Ieda Jatene, a incidência de casos praticamente não aumentou com o passar dos anos, porém a identificação dos problemas por meio de avançados recursos diagnósticos está mais fácil. “Essa estatística não aumentou nos últimos anos, porém mais casos foram identificados por conta da facilidade de detecção. Embora sejam complexas, essas cardiopatias dispõem de tecnologias avançadas e elevadas chances de cura ou mesmo de tratamentos paliativos que permitem a convivência pacífica com a doença”, explica a cardiologista.

Divididas em dois tipos, congênitas e adquiridas, as cardiopatias podem aparecer ainda na gestação. As cardiopatias congênitas são malformações ocorridas ainda no embrião, fazendo com que a criança já nasça com a doença. Já as adquiridas se manifestam em algum momento da vida da criança.

Segundo a cardiologista fetal do HCor, Dra. Simone Pedra, 2% de todos os bebês nascidos são portadores de malformações congênitas, sendo as cardiopatias congênitas as mais frequentes e mais graves. “Cerca de 50% das cardiopatias congênitas são tão graves que podem trazer sintomas ainda dentro do útero ou imediatamente após o nascimento, com a necessidade de tratamento específico nas primeiras horas ou dias de vida. O conhecimento pré-natal destas anomalias favorece imensamente a evolução clínica destes bebês, pois permite uma programação do local ideal, da idade gestacional e via de parto apropriada”, explica a Dra Simone.

Herança Genética

Um dos fatores de risco para o desenvolvimento da cardiopatia congênita é a herança genética. Pais e mães portadores de cardiopatias congênitas apresentam uma chance duas vezes maior de gerar um bebê cardiopata. “O mesmo ocorre quando o casal já gerou um bebê com malformação cardíaca. Alguns cardiopatas, em particular, têm uma chance de recorrência ainda maior, chegando até 10% em gestações subsequentes”, destaca a Dra. Simone.

Não há formas de prevenir a doença, porém, algumas mudanças comportamentais podem ajudar para o bom desenvolvimento do bebê. Antes de engravidar, a mulher deve procurar um médico para ver se seu estado de saúde está bem e iniciar a ingestão diária de uma vitamina chamada “ácido fólico”, que deve ser receitada pelo especialista. “A deficiência dessa vitamina pode ser um fator desencadeador de malformações cardíacas e do sistema nervoso central do feto”, ressalta Dra. Simone.

Além do acompanhamento médico, a grávida deve adotar uma alimentação saudável, abolir o fumo, as bebidas alcoólicas e o consumo de medicamentos sem o conhecimento do seu especialista.

Cardiopatias detectadas ainda na gestação

As cardiopatias congênitas podem ser detectadas ainda na vida fetal. Durante a gestação alguns exames facilitam a detecção da doença. Por meio de um exame de ultrassom é possível rastrear alguma má formação no coração da criança. Quando há a suspeita de alguma anormalidade é realizado então um ecocardiograma do coração do feto, que permite avaliar e detectar detalhadamente anormalidades estruturais e da função do coração.

Após o nascimento

Os pais devem ficar atentos a alguns sintomas que a criança pode apresentar, como cansaço ao mamar, dificuldade em ganhar peso e cianose o que significa coloração arroxeada das extremidades do corpo e lábios. “Ao aparecer qualquer um desses sintomas os pais devem procurar o pediatra, que solicitará os exames necessários e encaminhará a criança para atendimento cardiológico especializado”, ressalta Dra. Ieda.

O tratamento da doença pode variar, de acordo com o diagnóstico. De acordo com a Dra. Simone, o tratamento geralmente é feito pela cirurgia ou pelo cateterismo cardíaco. O cateterismo trata os defeitos mais simples. Já a cirurgia corrige os defeitos mais complexos em que é necessário extrair pedaços de tecido em excesso ou reduzir o vazamento de válvulas cardíacas. “O cateterismo é um método de tratamento menos invasivo que a cirurgia, uma vez que não há a necessidade da abertura do tórax, sendo que o coração é abordado por um cateter que é introduzido no corpo pela virilha”, afirma.

Após os procedimentos, a criança passa por um acompanhamento pós-operatório, que depende muito do tratamento ao qual a criança foi submetida. “Na grande maioria dos casos há necessidades de seguimento periódico com cardiologista pediátrico, sendo que muitas vezes este é feito para o resto da vida. Alguns casos necessitam de pelo menos 3 estágios cirúrgicos requerendo um acompanhamento médico mais de perto”, destaca Dra. Simone.


Autor: Imprensa
Fonte: Planeta Médico

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