Pessoas que sofrem de dores nas costas podem ter maior risco de apresentarem sintomas persistentes e incapacitantes se o medo de piorar a dor fizer com que evitem certos movimentos e suas atividades normais, segundo estudo publicado esta semana no Journal of the American Medical Association.
Uma revisão de 20 estudos, envolvendo um total de quase 11 mil pacientes, revelou que o risco de desenvolver lombalgia crônica é maior entre aqueles que têm “comportamentos mal adaptados para lidar com a dor” - além de sinais não orgânicos, incapacidade funcional, mau estado geral da saúde e presença de problemas psiquiátricos. E aqueles com menos medo de realizar as atividades normais, mesmo com a dor, teriam mais chances de recuperação em um ano.
De acordo com os autores, nos casos de dores lombares, pensamentos e expectativas excessivamente negativos podem fazer com que as pessoas evitem as atividades físicas, alguns tipos de tratamento, como a fisioterapia, e as recomendações médicas, levando a uma piora dos sintomas. E a identificação dessas tendências, segundo os pesquisadores, pode ajudar a guiar as decisões dos profissionais de saúde em relação ao acompanhamento dos pacientes com lombalgia.