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Casos de câncer bucal aumentam no país
 
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13/04/2010

Casos de câncer bucal aumentam no país

Diagnóstico permite o tratamento precoce da doença aumentando as possibilidades de cura

Uma estatística nada animadora na área da saúde e desconhecida entre a maioria dos brasileiros, que pouco se previnem, é a de que o câncer de boca já ocupa o 7º lugar no país em número de casos diagnosticados. As estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que apenas em 2010 serão 14.120 novos casos diagnosticados, projetados a partir do número de mortes por câncer de boca registrado em 2007 que atingiu 6.064 pessoas, das quais 4.814 homens e 1.250 mulheres.

Essa quantidade alarmante de diagnósticos apresentados nos últimos anos levou a Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, de Campinas (SP), a criar um Centro de Tratamento de Doenças da Boca (CTDB) e um Serviço de Patologia para a realização de biópsias e exames anátomo-patológico e citológico, prestando serviço gratuito para toda a população. A Faculdade quer contribuir para o diagnóstico precoce da doença para aumentar as possibilidades de cura e tem cumprido o seu ideal. Somente em 2009, foram atendidos 1432 casos de pacientes com lesão de boca no CTDB, sendo 95 (6,63%) casos de câncer.

Em 2006, a Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, em conjunto com o Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), realizou um estudo epidemiológico para verificar a prevalência da queilite actínica - lesão que predispõe ao câncer labial nos indivíduos expostos ao sol - em Campinas, interior de São Paulo, cidade na qual está instalado o Instituto e Centro de Pesquisas da Faculdade. Os resultados deste trabalho serão publicados na revista cientifica internacional Community Dental Health.

O resultado é preocupante: a prevalência da doença na região de Campinas apresenta um índice de mais de 35%. Nas pesquisas com os lavradores de cana de açúcar, dos 202 trabalhadores examinados, 77 apresentaram sinais de queilite actínica, o que representa 39,6% da população investigada. Os casos de queilite actínica foram encaminhados à Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic para a realização de biópsia, e exame anátomo-patológicos e, a partir do resultado, é realizado o plano de tratamento dos pacientes.

Prevenção

A queilite actínica é uma lesão potencialmente maligna, ou seja, apresenta possibilidade de evolução para o câncer labial caso não haja o correto tratamento e acompanhamento. A doença precisa de atenção odontológica uma vez que, dada a variedade dos aspectos evolutivos, o tratamento precisa ser individualizado e voltado não somente a atenuar os sinais, mas, sobretudo para eliminar o que os origina.

"Os batons em geral, até mesmo os que não possuem fator de proteção solar, formam uma barreira que dificulta a absorção dos raios solares e previne o aparecimento da queilite", diz Flávia Martão Flório, coordenadora do curso de Odontologia Social da Faculdade São Leopoldo Mandic. Isto pode ser um dos fatores responsáveis pela menor incidência de queilite actínica em mulheres, além do fato delas se exporem naturalmente menos ao sol do que os homens, nas atividades profissionais e de lazer.

Sinais da queilite actínica

Ressecamento ou escamação (independentemente de estar frio), mudança de tonalidade dos lábios (aparentando boca "borrada"), aumento do volume (como se tivesse aplicado botox), perda da linha entre lábio e pele, enrijecimento dos lábios (há perda de colágeno) são alguns dos sinais da queilite actínica e devem ser tratados imediatamente.

Em casos avançados, os lábios apresentam úlceras e fissuras. As alterações labiais provocadas pela queilite actínica, não raramente, são confundidas com o envelhecimento natural da pele. Entretanto, são os sinais que estão se manifestando com o tempo.

O tratamento da queilite actínica depende do estágio em que a lesão se apresenta. Quando os primeiros sinais surgem, é necessário procurar imediatamente um dentista e iniciar o tratamento para que a lesão regrida. O profissional recomenda os cuidados exigidos para cada paciente, dependendo do caso. Quando a queilite está em estágio avançado é preciso remover a lesão.

Câncer de boca

Mundialmente os cânceres da cabeça e pescoço correspondem a 10% dos tumores malignos e aproximadamente 40% dos cânceres dessa localização ocorrem na cavidade bucal (língua, principalmente suas bordas laterais, amígdalas, soalho da boca, gengivas, céu da boca e bochechas). O câncer bucal pode se manifestar sob a forma de feridas indolores na boca ou no lábio que não cicatrizam em uma semana.

Outras formas em que o câncer bucal pode apresentar-se são: manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na parte interna da boca, caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramento sem causa conhecida e dor na garganta que não melhora. Em estágio avançado da doença, podem surgir dificuldades para falar, mastigar e engolir, emagrecimento acentuado, dor e caroço no pescoço.

No mundo, ocorrem cerca de 210 mil casos novos por ano. Três em quatro casos novos ocorrem nos países em desenvolvimento. A mortalidade por câncer de boca corresponde a quase 30% dos casos novos. A sobrevida média estimada em cinco anos é de cerca de 60% nos países desenvolvidos e 40% nos em desenvolvimento.

Tratamento

O tratamento do câncer de boca, geralmente, emprega cirurgia e/ou radioterapia. Os dois tratamentos podem ser usados de forma isolada ou associados. Ambos têm bons resultados nas lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento. As lesões iniciais são aquelas restritas ao local de origem.


Autor: Imprensa
Fonte: Ateliê da notícia

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