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Cientistas criam pele humana artificial totalmente funcional
 
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30/04/2010

Cientistas criam pele humana artificial totalmente funcional

Cientistas são da Universidade de Granada, na Espanha

Engenharia de tecidos

Cientistas da Universidade de Granada, na Espanha, conseguiram criar pele humana artificial a partir de um material de origem biológica chamado fibrina-agarose.

A pele artificial, criada por uma técnica que os cientistas chamam de engenharia de tecidos, foi implantada em ratos e apresentou excelente maturação e desenvolvimento, recuperando funcionalidades da pele natural.

Dermatologia e animais de laboratório

Esta descoberta pioneira irá permitir a utilização clínica da pele humana em pacientes, além de seu uso em pesquisas de laboratório que hoje são feitas utilizando animais.

Além disso, destacam os cientistas, a descoberta poderá ser útil no desenvolvimento de novas estratégias de tratamento de patologias dermatológicas.

Pele artificial

Inicialmente, os pesquisadores selecionaram as células que seriam empregadas na geração da pele artificial.

A seguir, eles analisaram a evolução da cultura in-vitro e, finalmente, fizeram um controle de qualidade dos tecidos enxertados em ratos sem pelos.

Embora o processo possa parecer simples, ele exigiu o desenvolvimento de várias técnicas de microscopia imunofluorescente.

Estas técnicas permitiram aos pesquisadores avaliar fatores como a proliferação celular, a presença de marcadores de diferenciação morfológica, a expressão das citoqueratina, filagrina e involucrina, a angiogênese e o desenvolvimento da pele artificial no organismo receptor.

Amostras de pele humana

As células de pele humana necessárias para o início do desenvolvimento foram obtidas a partir de biópsias feitas em pacientes do hospital ligado à Universidade. Todos os pacientes deram consentimento para participar do estudo.

Os cientistas usaram a fibrina retirada das células saudáveis dos tecidos dos doadores. A seguir eles adicionaram ácido tranexâmico - para evitar a fibrinólise - e cloreto de cálcio para precipitar a coagulação da fibrina, e 0,1% de agarose.

Depois de cultivada, a pele artificial foi enxertada sobre o dorso de camundongos sem pelos, para permitir a observação de sua evolução in vivo.

Esse acompanhamento foi feito usando diversas técnicas de microscopia, o que permitiu a verificação do desenvolvimento do tecido artificial em nível celular, assim como sua integração com os tecidos naturais dos animais.

Pele artificial funcional

A pele criada em laboratório apresentou boas taxas de biocompatibilidade com o receptor e nenhum sinal de rejeição, degenerescência ou infecção.

Além disso, a pele dos animais utilizados no estudo começou a apresentar granulação após seis dias da implantação. Nos vinte dias seguintes a cicatrização foi total.

Este é o primeiro experimento a criar pele humana artificial com uma derme feita com o biomaterial fibrina-agarose. Outros substitutos artificiais da pele já foram criados com outros biomateriais, como colágeno, fibrina, ácido poliglicólico, quitosana e outros.

O novo biocomposto "acrescentou resistência, firmeza e elasticidade à pele", afirmou José María Jiménez Rodríguez, coordenador da pesquisa. "Definitivamente, nós criamos uma pele artificial mais estável, com funcionalidade semelhante à da pele humana normal."


Autor: Imprensa
Fonte: Diário da Saúde

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