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Artrite na infância, na juventude e em atletas: reumatismo não atinge apenas a terceira idade
 
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30/04/2010

Artrite na infância, na juventude e em atletas: reumatismo não atinge apenas a terceira idade

As artrites podem ter várias causas e são doenças diferentes nas crianças, nos adultos, nos atletas e nas pessoas idosas

Artrites e artroses são problemas de saúde que as pessoas geralmente atribuem ao envelhecimento. “Ah, com a idade vem o reumatismo”, queixam-se os mais velhos, quando sentem dores nas articulações ou apresentam alguma deformidade característica dessas doenças. Embora predominem nas pessoas acima dos 60/70 anos, crianças, jovens e adultos não estão livres de contraí-las. “A artrite reumatóide, por exemplo, acomete pessoas de qualquer idade. Atletas podem ter artrose, a febre reumática se manifesta especialmente em crianças”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).

Artrite em crianças

Crianças podem apresentar algum tipo de artrite, principalmente, a partir dos três anos de idade. A artrite reumatóide é uma doença com evolução muito parecida nas crianças e nos adultos. Ela provoca inflamação nas articulações das mãos, joelhos e pés e pode progredir para deformidades, em qualquer faixa etária.

“A febre reumática, chamada no passado de artrite ou reumatismo infeccioso, é uma doença bastante referida na infância. Depois de mais ou menos dez dias após a criança ter tido uma infecção de garganta, suas juntas inflamam-se e tornam-se extremamente dolorosas. A febre, que era alta no início, fica mais leve ou desaparece e, em alguns casos, pode ocorrer um comprometimento cardíaco característico da febre reumática”, alerta Lanzotti.

Ao contrário da artrite reumatóide, que acomete mais as pequenas articulações das mãos e dos pés, a febre reumática acomete principalmente as grandes articulações: joelho, punho, cotovelo, ombro, quadril, tornozelo. A dor não é localizada: migra de uma articulação para outra e há o risco de a doença atingir o coração.

“Algumas crianças não têm o acometimento das articulações - o que torna o diagnóstico mais difícil - mas têm as complicações cardíacas, que podem passar despercebidas. Acredita-se que a criança teve uma dor de garganta que desapareceu em alguns dias, sem ter deixado sequelas. Anos depois é detectado um sopro indicativo do comprometimento de uma válvula do coração provocado pela febre reumática e que não foi diagnosticado na época, por falta do acometimento das articulações”, explica o reumatologista.

Como infecções de garganta são comuns em crianças e podem ser provocadas por um resfriado, uma gripe, por viroses nas vias aéreas e por bactérias, os pais precisam estar sempre atentos. Quando existem placas de pus na garganta, sinal de infecção bacteriana, é necessário adotar medidas mais radicais.

“Se do ponto de vista clínico, há suspeita de uma doença bacteriana deve-se tratar a infecção de garganta com antibiótico. Em relação à febre reumática, somente 3% das crianças desenvolvem a doença. O pediatra é quem decide se a infecção de garganta demanda tratamento imediato ou deve ser observada por mais tempo. No entanto, caso a criança já tenha desenvolvido um episódio de febre reumática, o antibiótico deve ser prescrito precocemente, pois uma infecção causada por estreptococos pode desencadear novos surtos da doença e aumentar a possibilidade de ocorrer lesão cardíaca”, observa Lanzotti.

Artrite em jovens

Existe uma pequena diferenciação da doença nos jovens do sexo masculino e feminino. “Entre 15 e 20 anos, é mais frequente o aparecimento de doenças auto-imunes nas mulheres, porque na puberdade, elas têm uma alteração importante de hormônios que somada à manifestação de certos genes favorece o desenvolvimento de processos reumáticos”, explica Sérgio Lanzotti.

Nos jovens do sexo masculino, há um predomínio das doenças de coluna relacionadas ao grupo das espondilites, as chamadas espondilartropatias soronegativas, entre elas, a espondilite anquilosante, uma das inúmeras formas de artrite. “Essa doença acomete os ligamentos que unem as vértebras, provoca inflamação e fibrose, endurecendo os ligamentos de tal maneira que a postura do paciente se modifica a ponto de criar deformidades. O tratamento precoce com fisioterapia para forçar a coluna a manter-se em posição ereta e rígida faz com que seja possível controlar o aparecimento dessas deformidades, mesmo que a doença continue progredindo”, informa o médico.

Reumatismo nos atletas

Jogadores de futebol são muito vulneráveis a artrites no joelho. Estes atletas sofrem traumas freqüentes nos joelhos e, como os joelhos são importantes para andar, os pacientes reclamam logo se percebem qualquer problema ou sentem dor. Várias doenças reumáticas - artrite reumatóide, osteoartrite, febre reumática, gota - podem acometer os joelhos.

“A artrite traumática ocorre especialmente em jovens esportistas. Tênis inadequados ao tipo de exercício e solo muito duro podem provocar impactos cuja constância levam a alterações da cartilagem, que começa a fragmentar-se e, em conseqüência, há um derrame na articulação. Essas lesões mecânicas podem ser responsáveis pelo aparecimento precoce de osteoartrite ou artrite secundária”, explica o reumatologista Sérgio Lanzotti.

É importante destacar que a lesão mecânica precoce provoca alterações na cartilagem que impede o contato direto entre os ossos subcondrais - os mais próximos da cartilagem - e faz com que a pessoa jovem manifeste um quadro de artrose.

Com o joelho nessas condições, a pessoa praticamente não consegue andar. “No passado, o atleta estava condenado a permanecer numa cadeira de rodas. Hoje, desde que suas condições gerais estejam boas, é possível fazer uma cirurgia e colocar uma prótese total de joelhos, o que permitirá ao atleta andar normalmente, sem sentir dor. Esse recurso cirúrgico representou um avanço para o tratamento de pacientes com osteoartrite ou artrite reumatóide em estágio avançado”, diz o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).

CONTATO:

http://www.iredo.com.br

contato@iredo.com.br

http://vivendosemdor.wordpress.com

http://twitter.com/sergiolanzotti


Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW Consultoria de Comunicação

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