Pesquisadores do Texas realizaram uma relação entre o número de empresas de fast food e o percentual de pessoas que sofreram derrame cerebral. O estudo apontou que pessoas residentes de bairros com grande número de fast foods apresentam 13% a mais de chances de desenvolverem AVC (acidente vascular cerebral).
Para cada restaurante fast food em um bairro, o risco de AVC aumenta em 1%, segundo a pesquisa apresentada na American Stroke Association's International Stroke Conference 2009.
“Os dados mostram uma verdadeira associação”, diz Lewis B. Morgenster, diretor da Universidade de Michigan. "O que não podemos ter certeza é se o fast food aumentou o risco de AVC por causa do seu conteúdo ou se ele é simplesmente um marcador de bairros insalubres”.
Os especialistas alertam: bairros com grande concentração de redes de fast food deveriam ser alvo prioritário para campanhas de prevenção contra derrames.
A ligação ficou explicita a partir de dados coletados para o estudo chamado de BASIC, Brain Attack Surveillance in Corpus Christi.
Os pesquisadores monitoraram os casos de derrame em Nueces Contry, no Texas, desde 2000. Foram mais de 1.200 casos de isquemia analisados até Junho de 2003. E mais de 260 estabelecimentos foram reconhecidos como fast food.
Bairros com menos restaurantes fast food apresentaram um numero menor de casos de AVC, além dos dados já citados, os pesquisadores ainda tiveram em vista informações referentes à demografia e socioeconomia.
“Temos de ter certeza de porque essas comunidades apresentam maiores índices de acidentes vasculares cerebrais”, diz Morgenstern. “A causa realmente são os fast foods? Há falta de opção por uma dieta mais saudável? Existe algo de tão diferente nesses bairros para os índices serem tão superiores”?
Os investigadores concluem que há realmente uma associação significativa entre restaurantes de fast food e maiores índices de AVC, entretanto, mais estudos são necessários para explicar plenamente tal ligação.
Derrames cerebrais representam um grande problema de saúde nos E.U.A.. Segundo a American Heart Associations, cerca de 780 mil pessoas sofrem da doença por ano.
Versão em Português: Fábio P. de Brito
