Pesquisadores da Comissão de Cuidados em Saúde de Londres, Inglaterra, realizaram estudo para identificar os fatores relacionados à prevenção da infecção hospitalar. O estudo será publicado em abril de 2009, no Journal of Hospital Infection.
Para realizar o estudo, os pesquisadores utilizaram dados de vigilância em infecção hospitalar prestados obrigatoriamente à Instituição e realizaram um questionário complementar. Esse questionário foi respondido por 155 hospitais, que constituíram a amostra do estudo. Foram investigadas questões respectivas à bacterimia por Staphylococcus aureus meticilina resistentes (MRSA) e diarréia por Clostridium difficile (CDAD).
Os resultados do estudo revelaram que uma baixa taxa de MRSA se relacionou a práticas de higiene e isolamento; e uma baixa taxa de CDAD vinculou-se à limpeza, prescrição de práticas adequadas antimicrobianas e vigilância de infecções. Baixas taxas de ambos os microorganismos relacionaram-se, também, a intervenções estratégicas planejadas, como a inclusão do controle de infecção no programa de desenvolvimento de pessoal. Porém, o maior número de treinamento associou-se a um aumento dessas taxas.
Mears e colegas comentaram: “Nós encontramos relações entre as intervenções e taxas de infecção mais altas que são surpreendentes e isto pode representar exemplos do que nós chamamos de “práticas reativas”. Mesmo assim, é interessante a hipótese de que essas intervenções podem ser rápidas e simples de introduzir, mas podem não se sustentarem, comparado-se a intervenções que uniram a estratégia e o planejamento, o que representa o começo de uma mudança da cultura institucional na prática do controle da infecção hospitalar”.
Referência
MEARS, A. et al. Healthcare-associated infection in acute hospitals: which interventions are effective? Journal of Hospital Infection, v. 71, n. 4, p. 307-313, abr. 2009.
