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Artrite reumatóide aumenta risco cardíaco, principalmente em mulheres com menos de 50 an
 
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19/07/2010

Artrite reumatóide aumenta risco cardíaco, principalmente em mulheres com menos de 50 an

Nos últimos dez anos, a artrite reumatóide teve um aumento de 50% nas mulheres, o salto de 36,4 por 100.000, em 1995, para 54 por 100.000, em 2005, se traduz em um número crescente de mulheres que procuram tratamento

A artrite reumatóide é uma doença inflamatória que afeta todo o corpo. “Provoca dor, rigidez, inchaço e perda de movimento nas articulações. É uma doença auto-imune em que os tecidos que revestem as articulações sofrem com inflamações”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo), que participou do Eular, European League against Rheumatism - Congresso Anual da Liga Européia contra o Reumatismo - evento que reuniu especialistas do mundo inteiro em Roma, na Itália, entre 16 e 19 de junho.

“Durante esta edição do Eular, participamos de muitos painéis científicos sobre novos estudos sobre a artrite reumatóide. Mas vale a pena reforçar que embora existam medicamentos como não-esteróides, anti-inflamatórios e suplementos naturais no mercado que podem ser úteis no tratamento da doença, a dieta e os exercícios podem ser tão importantes, tanto na prevenção, quanto na mitigação dos efeitos da artrite”, conta o médico.

Risco cardíaco

Um trabalho dinamarquês apresentado durante o Eular 2010 sugere que o paciente com artrite reumatóide apresenta um risco seis vezes maior de sofrer um enfarte do miocárdio. Este risco é maior entre mulheres com menos de 50 anos. A artrite reumatóide é uma doença auto-imune que afeta cerca de 1,3 milhões de americanos. De acordo com o Instituto Nacional de Artrite e Doenças Osteomusculares e de Pele, embora seja, muitas vezes, reconhecida como uma condição inflamatória que causa dor, inchaço, rigidez e perda de função das articulações, a artrite reumatóide também pode ter impacto em outras partes do corpo.

Algumas pessoas com artrite reumatóide, por exemplo, desenvolvem anemia, dor de garganta, olhos secos, boca seca, vasculite, pleurisia e pericardite. “A artrite reumatóide é também um fator de risco conhecido para o endurecimento das artérias, que pode levar a ataques cardíacos e derrames dez anos mais cedo do que em pessoas que não têm artrite”, revela Sérgio Lanzotti.

Um novo estudo, apresentado durante o Eular 2010, que teve duração de dez anos, comparou pacientes com artrite reumatóide e pacientes com diabetes. O objetivo da comparação foi determinar o risco individual de desenvolvimento de um ataque cardíaco ao longo do tempo. Ao todo, 4.614.840 pessoas foram avaliadas para a incidência de diabetes e de artrite reumatóide. Um total de 10.547 indivíduos desenvolveram artrite reumatóide e 132.868 desenvolveram diabetes.

Quando a incidência de ataque cardíaco foi analisada, os pesquisadores descobriram que os números eram similares entre os dois grupos: 1,65 de risco aumentado entre indivíduos com artrite reumatóide e 1,73 entre aqueles com diabetes. No entanto, uma análise das mulheres com artrite reumatóide com menos de 50 anos revelou um risco seis vezes maior de ataque cardíaco comparável com os seus pares no grupo de diabetes. Entre os pacientes do sexo masculino, o risco de ataque cardíaco em pessoas com artrite reumatóide e diabetes foi semelhante: 1,66 de risco aumentado no grupo com artrite e 1,59 no grupo de diabetes.

O Dr. Jesper Lindhardsen do Departamento de Cardiologia do Hospital Universitário Gentofte, principal autor do estudo dinamarquês, observou que o risco de ataque cardíaco em pacientes com artrite reumatóide é semelhante ao dos pacientes com diabetes. “Diabéticos, no entanto, já são pacientes monitorados. São geralmente considerados pacientes para gestão do risco cardiovascular intensivo, enquanto aqueles com artrite reumatóide não são”, alerta o médico dinarmarquês.

“As novas descobertas apontam a importância da implementação das recomendações do EULAR nos consultórios dos reumatologistas de todo o mundo, pois a detecção precoce e o manejo dos fatores de risco cardiovascular tornam o paciente com artrite reumatóide, especialmente mulheres com menos de 50 anos, alvos significativos de ataques cardíacos associados”, observa o diretor do Iredo.

Consumo de chá e artrite

Outro estudo apresentado no Eular, pela universidade americana de Georgetown, que causou muita polêmica foi o que revela que beber chá aumenta o risco do aparecimento de artrite reumatóide em mulheres na pós-menopausa.

Os pesquisadores estudaram mais de 76.000 mulheres, entre 50 e 79 anos, tendo concluído que o chá, em qualquer quantidade, aumenta em 40 % as chances do desenvolvimento da artrite reumatóide. Mulheres que bebiam mais de quatro xícaras por dia corriam um risco aumentado de desenvolver a doença em mais de 78%. Segundo os pesquisadores, o café parece não ter nenhum efeito sobre o desenvolvimento da artrite reumatóide no grupo de estudo.

Os primeiros relatórios que saem de Eular 2010 sobre este estudo ainda não são suficientes para serem transformados em diretrizes médicas, fazendo com que os reumatologistas sugiram novos direcionamentos dietéticos para seus pacientes com artrite reumatóide. “São necessárias ainda mais pesquisas par interferimos no consumo de chá de nossos pacientes”, informa o reumatologista Sérgio Lanzotti.

Contato:

http://www.iredo.com.br
contato@iredo.com.br
http://vivendosemdor.wordpress.com
http://twitter.com/sergiolanzotti


Autor: Imprensa
Fonte: MW Consultoria de Comunicação

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