Por um lado, elas estão mais seguras, mais independentes, mais decididas. Por outro, a pele dá os primeiros sinais do tempo, o metabolismo diminui, o fluxo sanguíneo aumenta e este desequilíbrio costuma atrapalhar o dia a dia das mulheres a partir dos 30 anos.
Para discutir as terapêuticas para o controle da menorragia, a Dra. Maria Celeste Osório Wender (Diretora Científica da SOGIRGS, Professora Adjunta de Ginecologia e Obstetrícia da UFRGS e Vice Presidente da SOBRAC), ministra uma palestra sobre a enfermidade no próximo dia 15 (quarta-feira), em Porto Alegre.
Na ocasião, a especialista abordará a atualização dos avanços na terapêutica do manejo da menorragia. O tema, um grande desafio para os especialistas, também será abordado em outras capitais do país até o final deste ano.
Depois dos 30 anos, as mulheres passam por uma série de transformações. Do ponto de vista social, estão no auge da vida profissional. Mas a saúde requer cuidados: o corpo começa a dar sinais de que precisa de mais atenção. A velocidade metabólica cai, em média, 1% a cada ano – o que dificulta a perda de peso. É nesta época, também, que aparecem os temidos vasinhos sanguíneos nas pernas e nos pés. A pele também sofre mudanças e começa a perder a elasticidade.
Outra questão que incomoda a classe feminina no pós-30 é a menorragia (aumento do fluxo menstrual), que pode interferir no humor, na vida social e até mesmo sexual das mulheres. Fazer atividades físicas é desanimador. Algumas delas, inclusive, nem conseguem sair de casa por causa do problema. O sangramento menstrual excessivo é relatado, a cada ano, por cerca de 3 milhões de mulheres em idade reprodutiva.
Pesquisas recentes – divulgadas no 58º Encontro Clínico Anual do Congresso Americano de Ginecologistas – mostram que há tratamentos terapêuticos não-hormonais que reduzem os índices de perda sanguínea menstrual e melhoram a qualidade de vida. Como exemplo, o ácido tranexamico, reconhecido este ano pela FDA (Food and Drug Administration) como o único tratamento não-hormonal para o controle da menorragia. Outros tratamentos eficazes para o controle da menorragia incluem o uso de terapias hormonais, como o DIU de progestorona e os contraceptivos orais combinados. Os medicamentos somente devem ser usados sob prescrição médica, mediante o correto diagnóstico e avaliação da melhor opção terapêutica, para cada caso, pelo ginecologista.
O MANEJO DA MENORRAGIA
Dra. Maria Celeste Osório Wender
Diretora Científica da SOGIRGS (Associacao de Obstetricia e Ginecologia do Rio Grande do Sul)
Professora Adjunta de Ginecologia e Obstetrícia da UFRGS
Vice Presidente da SOBRAC (Associacao Brasileira de Climatério)
DIA 15 DE SETEMBRO DE 2010
PORTO ALEGRE – Plaza Porto Alegre Hotel
Rua Senhor dos Passos, 154 – POA – RS