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Brincadeira é coisa séria
 
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16/12/2010

Brincadeira é coisa séria

Brincar é um direito que foi garantido por lei no final da década de 1950, na Declaração Universal dos Direitos das Crianças

Ainda há muitos adultos que acreditam que brincar é um ato sem significado, uma simples ação para passar o tempo, uma atividade fútil e improdutiva. Grande equívoco! Trata-se de uma experiência rica e complexa. Há algumas décadas, o brincar vem sendo valorizado como ação essencial para a formação de sujeitos culturais e sociais ativos e reflexivos. A brincadeira, como atividade típica da vida humana, proporciona alegria, liberdade, contentamento e, sobretudo, aprendizado, uma vez que o lúdico em ação é permeado de sentido e significações.

Brincar é um direito que foi garantido por lei no final da década de 1950, na Declaração Universal dos Direitos das Crianças, documento elaborado pela UNICEF/ONU. Diz o princípio VII - Direito à educação gratuita e ao lazer infantil: “(...) A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras, os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito.”

A brincadeira é meio de comunicação, elaboração, compreensão, prazer e recreação. Ao brincar, as crianças desenvolvem capacidades importantes para o seu desenvolvimento cognitivo, cultural, emocional e social como, por exemplo, a atenção, a memorização, a imaginação, a imitação, a criatividade, a capacidade de resolver conflitos e, consequentemente, de se apropriar de habilidades e competências para vivenciar uma fase adulta feliz e reflexiva.

Entende-se que, pelo brincar, a criança aprende a expressar ideias, gestos e emoções e a tomar decisões, interagir, viver entre pares, conhecer, conhecer-se, integrar-se ao seu ambiente próximo, elaborar imagens ou representações culturais e sociais de seu tempo e desenvolver-se como ser humano dotado de competências simbólicas.

É por meio do brincar que a criança constrói e reconstrói a sua compreensão de mundo e, assim, se desenvolve como pessoa. Quando brinca, ela transfere suas ações simbólicas para o mundo real e as transforma em ações reais. Também reflete sobre o seu cotidiano e experimenta novas situações neste momento em que recria e interpreta o mundo em que vive e com o qual se relaciona e aprende. Mesmo sem ter a intenção de aprender, ela aprende!

A criança transita entre aquilo que é subjetivo e imaginário e o que é objetivo e real. Esse movimento é essencial para a elaboração da vida cotidiana e das relações que nela se estabelecem, bem como para a superação de conflitos, o que certamente contribui para a construção da sua identidade e da sua autonomia.
Uma característica muito interessante é a possibilidade de exercitar a vida na coletividade, uma vez que toda brincadeira apresenta, implícita ou explicitamente, normas que a norteiam. Brincar com os colegas significa compartilhar com eles a vida em sociedade e, assim, construir coletivamente um conjunto de valores que orientam as relações interpessoais no grupo.

Diante disso, acredita-se que o brincar, como promotor do desenvolvimento de capacidades e potencialidades, deve ocupar lugar especial na prática educativa, seja no ambiente familiar ou no escolar. A criança aprende a brincar e aprimora sua ação com base nas relações que estabelece com os adultos que cuidam dela e a educam. Assim, o adulto, como mediador entre a criança e os conteúdos mundanos, deve proporcionar-lhe experiências diversificadas em que o brincar possa ocorrer, seja de modo livre ou orientado.

A brincadeira livre acontece de forma espontânea, quando o pequeno, por si só ou em grupos, decide o que vai fazer — momentos preciosos para os processos de elaboração interna. Já as orientadas ou coordenadas são planejadas e intencionais, pois possuem objetivo específico a ser atingido, mediadas por um adulto: proporcionam a socialização do grupo, a integração e a participação dos envolvidos, favorecendo atitudes de respeito, aceitação, confiança e solidariedade, além do conhecimento mais amplo da realidade social e cultural.

É fundamental que o mundo adulto – que um dia já foi criança – leve em consideração toda a riqueza da cultura lúdica infantil se, de fato, almeja o comprometimento e a responsabilidade social dos seus pequenos. E sendo a escola um palco privilegiado de conhecimento, cultura e socialização, ela deve valorizar o brincar. Ainda mais porque este é o lugar em que se entrelaçam o ser, o conviver, o saber, o fazer, a produção intelectual e o conhecimento advindo do entorno social. Seguindo esta proposta, os materiais do Agora Sistema de Ensino - o novo sistema de ensino da Editora Saraiva, destinado às escolas públicas, do ensino infantil ao ensino médio -, respeitam o direito de brincar da criança ao propor atividades lúdicas como situações de aprendizagem.

Com conteúdos significativos e múltiplas linguagens, o material busca contribuir com o educador ao oferecer possibilidades didáticas de aproximação entre o cotidiano e o contexto escolar, apresentando-se como uma ferramenta de apoio aos fazeres didáticos para a escola da atualidade.

Autor: Anita Adas
Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada

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