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Estudos sobre violência infantil e depressão levam à produção de livros
 
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13/04/2009

Estudos sobre violência infantil e depressão levam à produção de livros

Livros da série e Saúde Mental Infanto-Juvenil voltados para profissionais que lidam com esse público

"A violência infantil está diretamente ligada à depressão e a comportamentos agressivos de crianças e adolescentes", afirma a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Joviana Quintes Avanci, citando dois estudos sobre violência e comportamento infantil em São Gonçalo (RJ). Durante a pesquisa foi desenvolvida a série Violência e Saúde Mental Infanto-Juvenil, composta por três livros: Ansiedade em crianças - Um olhar sobre transtornos de ansiedade e violência na infância, Depressão em crianças - Uma reflexão sobre crescer em meio à violência e Agressividade em crianças - Um olhar sobre comportamentos externalizantes e violências na infância. Todos os livros são voltados para profissionais da área de saúde, educação e de outras que lidam com esse público. A pesquisa foi realizada por uma equipe do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves) da Ensp/Fiocruz e teve financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 Os livros da série e <EM>Saúde Mental Infanto-Juvenil</EM> são voltados para profissionais da área de saúde, educação e de outras que lidam com esse público (Fotos: Virginia Damas/Esnp/Fiocruz)
Os livros da série e Saúde Mental Infanto-Juvenil são voltados para profissionais da área de saúde, educação e de outras que lidam com esse público (Fotos: Virginia Damas/Esnp/Fiocruz)

Também como fruto da pesquisa está sendo desenvolvido um livro de análises sobre as ilustrações das crianças, feitas na primeira etapa da pesquisa. De acordo com Joviana, o livro aborda tipos diferenciados de análise, várias vertentes sobre o desenho, como o desenvolvimento cognitivo da criança, a relevância da vulnerabilidade social, o meio em que ela vive, o fator pobreza, os sintomas de depressão, ansiedade, agressividade, entre outros. A ideia é que o livro seja lançado ainda este ano.

Os dois estudos, intitulados A violência familiar produzindo reversos: problemas de comportamento em crianças escolares de São Gonçalo e Acompanhando crianças escolares vulneráveis socialmente. Uma investigação sobre o impacto de alguns determinantes sociais nos problemas de comportamento infantil, envolveram cerca de 500 alunos do segundo ano do ensino fundamental de 25 escolas públicas do município. O objetivo do trabalho foi entender o impacto da violência na saúde mental de crianças e adolescentes.

Na primeira fase foi feito um levantamento dos alunos e entrevistas com seus responsáveis e professores. "Aplicamos questionários que abordavam questões sobre o comportamento das crianças em casa, em suas comunidades e na escola. Não queríamos ter apenas a percepção da mãe sobre o comportamento da criança, mas também ouvir o profissional de educação que lida com elas diariamente", diz Joviana.

As crianças selecionadas participaram fazendo um desenho da sua família. "Foi a forma que encontramos de ouvir a criança, ver como ela se sente, como enxerga sua inserção naquela família e buscamos isso no desenho, na expressão lúdica" explica. Depois foram repetidos praticamente os mesmos questionários com as mães e professores dos alunos selecionados. A ideia do grupo era ver se algo tinha mudado e como estava o comportamento da criança.

A última etapa do trabalho envolveu mais questionários com pais e professores. Dessa vez, os alunos também foram entrevistados. Com cerca de 10 e 11 anos, tinham mais facilidade para verbalizar suas vivências. Segundo a pesquisadora, agora a equipe está na fase de consolidação dos resultados. "O que temos ainda são dados preliminares, mas podemos dizer que os sintomas de agressividade estão diretamente relacionados à convivência com a violência dentro de casa com pais, irmãos e também na comunidade em que vivem". Em relação à depressão, a violência aparece como fator desencadeador de sintomas, principalmente no que se refere a violência psicológica, rejeições e depreciações das crianças", alerta Joviana.

 


Autor: Informe Ensp
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

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