O sorriso é uma das ações mais comuns e significativas do ser humano, expressando vários estados de emoções diferentes. A perda de um ou mais dentes anteriores superiores, os dentes da frente como as pessoas normalmente se referem, pode causar um dano não só estético e funcional, mas também emocional, levando os pacientes a buscarem recursos para recuperar ou melhorar o sorriso.

Um dos tratamentos mais requisitados é a substituição dos dentes perdidos por implantes dentários. Ao buscar um tratamento para melhorar o sorriso, muitos fatores estão envolvidos. O volume ósseo disponível, a qualidade da gengiva, ou seja, os tecidos moles de coloração rosa, a forma e posição dos futuros dentes, a quantidade, tipo e posição dos implantes são avaliados. É necessário também levar em consideração, a forma com que as restaurações implanto-suportadas são confeccionadas.

Se um ou um conjunto desses fatores não for observado, poderemos ter o que chamamos de um desastre estético. A realização de cirurgias e prótese que, ao invés de melhorar, pioram em muito a condição estética. É essencial identificar os fatores que contribuem para a estética do sorriso. O dentista que trabalha com implantes dentários deve identificar e planejar o tratamento e os fatores de risco existentes. As múltiplas formas de corrigir ou melhorar o sorriso devem ser observadas para decidir pela melhor opção.

No Brasil não temos nenhuma técnica pioneira, mas estamos entre os cinco países do mundo que mais realizam implantes dentários. O brasileiro tem ampla preocupação com a estética. O lado negativo é que muitas complicações com implantes também ocorrem por aqui. Por isso, um planejamento é muito importante, antes de qualquer tratamento deste tipo.

O Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial – que congrega os profissionais que realizam cirurgias de colocação de implantes e reconstruções ósseas – tem promovido ações, inúmeras discussões científicas em congressos e atividades para que a Cirurgia Buco-Maxilo-Facial seja cada vez mais acessível e qualificada no Brasil.

* Waldemar Daudt Polido é diretor científico do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial.