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Escolaridade é pista para baixo índice de dívidas graves entre idosos gaúchos
 
Saúde RS
 
     
   

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13/02/2017

Escolaridade é pista para baixo índice de dívidas graves entre idosos gaúchos

Estudo inédito do Sistema Fecomércio-RS/Sesc e da UFRGS mapeia a cultura da terceira idade em relação ao dinheiro

A educação financeira não costuma estar entre as disciplinas nas escolas brasileiras, mas a instrução formal pode ser o diferencial para escapar das dívidas que atormentam tantas pessoas no país. É o que indica um estudo que identifica a cultura da terceira idade em relação ao dinheiro no Rio Grande do Sul realizado pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc e pela UFRGS.

Na primeira fase da pesquisa, em 2016, foram ouvidos 351 idosos em oito cidades gaúchas, com idades entre 57 e 85 anos, e os resultados apontam que 46% não possuem dívidas, 31% estão com dívidas sérias e 23% possuem alguma, mas que não chega a comprometer a renda. Para 85%, é mais importante ajudar as pessoas que guardar os recursos.

A sondagem “Propensão ao endividamento de pessoas idosas: um estudo sobre fatores de risco no Rio Grande do Sul” segue até 2018, em mais dois momentos de coleta de informações. De acordo com o coordenador do trabalho, professor de Didática Geral da UFRGS, especializado em Educação e Envelhecimento, Doutor Johannes Doll, o fato da maior parte não possuir débitos pode estar ligado à educação, já que os idosos gaúchos estão acima do índice nacional no item escolaridade: 34% dos entrevistados possuem entre 9 e 11 anos de estudos e 31% têm 12 anos ou mais. Enquanto que a última pesquisa PNAD (2012-2013) identificou que 45% dos idosos brasileiros tem apenas até 4 anos de instrução formal.

Motivaram a ação, o crescimento do uso do crédito consignado e a aparente falta de informação deste público sobre empréstimos e taxas de juros nessa modalidade. O objetivo é oferecer recursos detalhados para intervenções multidisciplinares, em especial no campo da educação financeira, que ajudem na tomada de decisões mais autônomas e conscientes. Os participantes frequentam grupos do Programa Maturidade Ativa Sesc/RS.

Para o coordenador do programa, Eduardo Danilo Schmitz, o que chamou a atenção foi a atitude em relação aos recursos. “A gente pode perceber essa marca geracional que é a generosidade, essa postura de desapego”, revela Schmitz. Outro dado interessante e que vai ao encontro desta característica é aversão ao materialismo. Cerca de 71% concordam que os bens materiais não ocupam um lugar de centralidade em suas vidas. “O lado bom são os valores humanos, o lado ruim disso é que podem não se preocupar tanto, correndo o risco de não controlar os gastos”, explica.

Entrevista com o coordenador do Programa Sesc Maturidade Ativa, Eduardo Danilo Schmitz.

Para os próximos passos do estudo, os idosos foram divididos em dois grupos, baseando-se em critérios que foram estudados: idosos sem indicativos de endividamento e idosos com indicativos de endividamento. “Foram classificados dentro do grupo de idosos com indicativo de endividamento aqueles que: a) tinham mais de um crédito consignado; b) Tinham mais de 30% da sua renda comprometida com dívidas; e c) Relataram dificuldades para pagar seus débitos”, complementa Schmitz.

Comparando os dois grupos (idosos sem indicativos de endividamento X idosos com indicativos de endividamento), os pesquisadores perceberam que há uma diferença significativa na “capacidade de postergar desejos de compra”. “Essa foi a principal diferença entre os grupos. Ou seja, esse parece ser um tipo de comportamento que se constitui num risco para o endividamento. Aqui já temos um aprendizado para pensar em ações de educação financeira importante”, sinaliza ele.

O Estudo

Foi elaborado um questionário a partir de quatro escalas de riscos: materialismo, significado do dinheiro, hábitos e condutas de consumo e atitudes em direção ao endividamento, além de perguntas sobre a situação socioeconômica. A aplicação acontece em oito cidades do estado, Porto Alegre, Guaíba, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Bagé, Torres e Santa Maria, e ao longo de três anos, o que garante resultados mais completos e abrangentes. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.sesc-rs.com.br


Autor: Pumaira Coronel
Fonte: Assessoria de comunicação e marketing SESC/RS

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