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Pesquisadores da UERJ estimam os custos obesidade no Brasil

A crescente prevalência da obesidade no Brasil e no mundo determina elevação da morbimortalidade nos pacientes e, consequentemente, maiores custos diretos e indiretos. A avaliação desses custos engloba aspectos tanto diretamente relacionados aos serviços de saúde como aos outros setores da sociedade (cuidados preventivos, consultas médicas, consumo de medicamentos, internação hospitalar, exames diagnósticos e cirurgias), e  aqueles indiretamente relacionados e que dizem respeito ao impacto sobre a qualidade de vida e a produtividade (presenteísmo e absenteísmo, morbidades associadas, tempo de lazer perdido e mortalidade).

Todos esses fatores têm consequências econômicas relevantes, daí a obesidade ser um importante problema de saúde pública com forte impacto na economia de um país.

Custos da Obesidade no Brasil:

Rosely Sichieri (Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e colaboradores realizaram estudo sobre os custos de hospitalização relativos ao sobrepeso e à obesidade e doenças associadas no Brasil referentes ao ano de 2001. Os valores foram estimados por dados das hospitalizações de homens e mulheres de 20 a 60 anos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), indicando um total de custos equivalente a 3,02% dos custos totais de hospitalização, para os homens, e 5,83%, para as mulheres. Os resultados correspondem a 6,8% e 9,3% em  relação aos demais motivos de hospitalização (excluindo as gestantes).

Apesar das limitações metodológicas, o estudo indicou que o sobrepeso e a obesidade são importantes como motivos de internação, representando uma boa parte dos custos totais em saúde e mais de um milhão de dias de trabalho perdidos em 2001.


Autor: Dr. Tufi Dippe Jr
Fonte: Portal do Coração

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