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Uma das doenças mais antigas que se conhece

A tuberculose é uma das doenças mais antigas que se conhece. Mesmo assim, ainda há muitas ideias erradas sobre ela. Para informar e conscientizar a população, mais de 50 técnicos da Secretaria Municipal de Saúde distribuíram material e esclareceram a respeito dos sintomas, tratamentos e cuidados com a doença para as pessoas que circularam durante o último domingo (20), no entorno da Usina do Gasômetro. O evento marca a primeira atividade da Semana Nacional de Combate à Tuberculose, que prossegue até o sábado, 26.

Na oportunidade, foi divulgado o plano CAMS (Comunicação, Advocacy e Mobilização Social) de tuberculose na grande Porto Alegre, boletim com relato da experiência de 2010 do Comitê Metropolitano de Tuberculose de Porto Alegre. Além da Capital, o grupo é formado por representantes de Viamão, Alvorada, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapucaia e Canoas.

De acordo com a coordenadora do trabalho, a enfermeira Neusa Heinzelmann, o comitê existe desde 2007 por iniciativa do Fundo Global Tuberculose/Brasil, projeto financiado pelo Global Found, articulação internacional que financia projetos relacionados à tuberculose, Aids e malária em alguns países, inclusive no Brasil. Lembra que, após as primeiras discussões, foi definido que era preciso trabalhar com a questão do abandono do tratamento e optaram pela Campanha 0% de Abandono de Tratamento, a fim de interromper a cadeia de transmissão da doença.

O secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, anunciou a entrega, no dia 24, às 9h, da reforma do Laboratório do Centro de Saúde da Vila dos Comerciários – setor de tuberculose. Falou do empenho da prefeitura em reverter os atuais índices negativos da capital gaúcha. Porto Alegre é a capital de maior incidência em 2009 com mais de115 casos/100 mil habitantes, 63% de taxa de cura, 17% de taxa de abandono.

A tuberculose é a doença oportunista que mais atinge os portadores do HIV, apesar dos avanços da terapia anti-retroviral. O impacto da co-infecção TB/HIV pode ser notado através da participação da tuberculose entre os casos notificados de Aids: no Brasil, de 8 a10%, RS, 20%, e Porto Alegre, 35%.

Casartelli destacou que a doença é curável. O tratamento oferecido pelo SUS à base de antibióticos é 100% eficaz, no entanto, não pode haver abandono. "Para reverter a situação atual, é importante  que o paciente receba todos os esclarecimentos e uma parceria do gestor com a sociedade civil", concluiu.

Autor: Redação
Fonte: Prefeitura de Porto Alegre

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