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Em apenas um fim de semana, equipes da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre realizaram sete transplantes renais pediátricos

São quatro meninos e três meninas. Três do Rio Grande do Sul. Os outros são de Brasília (dois), Rondônia e Santa Catarina, o que confirma o Hospital da Criança Santo Antônio como centro brasileiro de referência no transplante renal pediátrico e tratamento de insuficiência renal.

Em recuperação pós-cirúrgica, os pacientes apresentam um bom quadro clínico, sem necessidade de diálise. Até a manhã da última segunda-feira, 6 de agosto, seis deles já urinaram, o que significa que o rim transplantado está em pleno funcionamento e que o procedimento foi um sucesso.

Responsável pela equipe cirúrgica dos transplantes renais pediátricos, Dr. Santo Pascual Vitola operou cinco dos sete pacientes. Ele ressalta que o mais importante dessa bonita história que resultou num recorde é o fator solidariedade. “Sem doação não se faz transplantes. Nós estamos capacitados para transplantar mais, desde que haja essa consciência. É uma vida que se vai, mas pode salvar uma ou mais pessoas”.

Eficiência e integração

A Drª Clotilde Garcia, chefe do Serviço de Nefrologia Pediátrica da Santa Casa, acredita que esses números são resultado da eficiência na gestão do sistema de saúde: “Estamos muito bem estruturados para realizar os transplantes. O profissionalismo em todos os níveis e a agilidade do sistema de captação e notificação são determinantes para diminuir o tempo de espera por um órgão”, avalia a especialista. Ela acrescenta que esse recorde só foi possível porque tudo deu certo, todos os componentes dessa complexa estrutura do transplante de órgãos funcionaram: as centrais de transplante do Rio Grande do Sul e dos outros Estados que enviaram pacientes, as equipes de retirada de órgãos da Santa Casa e de outros hospitais gaúchos, o gesto das famílias que doaram os órgãos de quatro crianças, a presença do poder público através do SUS - que pagou as cirurgias - e facilitou o transporte de órgãos e pacientes, as equipes médicas do Hospital da Criança Santo Antônio, que realizaram os transplantes e trataram das crianças pré e pós transplante.

“Enfim, tudo e todos funcionaram de forma ágil e perfeita”.

Atualmente a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre tem uma média anual de 40 transplantes de rim pediátrico, tendo acumulado experiência em 540 procedimentos já realizados desde 1977. 


Autor: Redação
Fonte: Assessoria de Imprensa Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

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