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Neurociência possibilita alternativas para o tratamentode adições

Durante décadas, os tratamentos para o consumo problemático de droga pouco evoluíram. No entanto, os estudos recentes sobre o funcionamento do cérebro e a sua reacção aos estupefacientes abrem um mundo de possibilidades. Entre elas, uma vacina que bloqueia o prazer associado a drogas como a cocaína.

O problema, alerta o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), está na decisão sobre o que fazer com este conhecimento - o progresso na neurociência levanta novos problemas éticos.

"O considerável potencial para o bem é acompanhado por um significativo potencial para gerar danos", alertou quarta-feira o director do OEDT, Wolfgang Götz, no dia em que a agência lançou dois novos relatórios sobre a questão.

Até agora, conta o jornal, a investigação centrou-se na dopamina, um neurotransmissor que ajuda os indivíduos a memorizar sinais de prazer. Novos dados sugerem que há dois neuromodularores (a serotomina e a noradrenalina) que controlam a impulsividade e a vigilância e que assumem um papel importante nos comportamentos aditivos. Com esta descoberta, abre-se caminho para a criação de vacinas que se ligam à droga na corrente sanguínea, impedindo-a de chegar ao cérebro. Em identificação estão também os genes determinantes na dependência.

"Há uma necessidade premente de garantir que os desenvolvimentos em curso sejam aplicados sem atentar contra os direitos humanos e protegendo a liberdade e a privacidade" dos consumidores, sublinha o presidente do OEDT Marcel Reimen. Para o observatório a neurocirurgia aplicada à dependência é "inaceitável", assim como a estimulação cerebral através de eléctrodos. E todas as novas terapias terão de ser avaliadas.
 

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Autor: Assessoria de Comunicação
Fonte: RCM Farma Portugal

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