Imprimir
 

O medicamento poderá ser lançado dentro de cinco anos. Esse prazo irá depender da parte regulatória dos órgãos competentes

A pré-eclampsia, doença específica da gravidez, quando evolui para forma grave, a eclampsia,é responsável por cerca de 40% das mortes de mulheres decorrentes da gestação e do parto no Brasil. Apesar da alta incidência na população, as causas dessas enfermidades ainda não foram bem estabelecidas e não existem medicamentos no mercado direcionados especificamente para seu tratamento porque os remédios tradicionais podem colocar em risco o desenvolvimento do feto.

Mas essa dificuldade no tratamento pode ser superada em breve porque um inédito medicamento anti-hipertensivo para o período da gravidez desenvolvido por um grupo de pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da empresa União Química já passou na primeira fase dos testes clínicos.

"Imaginamos a conclusão de todos os testes clínicos em dois anos e, numa previsão conservadora, o medicamento poderá ser lançado dentro de cinco anos. Esse prazo irá depender da parte regulatória dos órgãos competentes" , afirma o médico Robson Augusto Souza dos Santos, professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. Santos também coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanobiofarmacêutica (INCT-Nanobiofar), com sede na mesma universidade.

"Os medicamentos atuais para controle da pressão atuam no mecanismo vasoconstritor do sistema renina-angiotensina e não são endógenos, ou seja, produzidos pelo próprio organismo, mas moléculas feitas em laboratório. Por esse motivo, apresentam efeitos colaterais" , explica o coordenador do INCT-Nanobiofar". A droga que estamos desenvolvendo não proporciona esse problema por ser o próprio peptídeo sintetizado por meios bioquímicos, mas com a mesma composição do existente no corpo humano." De acordo com Santos, o medicamento, quando finalizado, também poderá ser usado para tratar hipertensão arterial geral. " Estudos prévios mostraram que a droga reduziu a pressão arterial de ratos hipertensos. O próximo passo será testar em humanos" , diz 


Autor: Redação com informações da Fapesp
Fonte: Isaúde.net

Imprimir