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Estudo aponta que, em apenas dois anos, quase 500 vagas públicas destinadas à obstetrícia foram perdidas no Rio Grande do Sul

Enquanto acontecem casos veiculados pela mídia, de gestantes que precisam viajar mais de 500 quilômetros para dar a luz, ainda há redução de leitos públicos para a medicina gaúcha. É com pesar que a Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (Sogirgs) manifesta sua preocupação com a extinção de 467 leitos de obstetrícia, resultado da falta de investimento em políticas públicas eficientes.

- Foram 2,5 mil vagas perdidas entre todas as especialidades médicas. Enquanto os discursos de palanque prometem a descentralização dos hospitais e grande destinação de recursos para a saúde pública, recebemos notícias como esta. É triste para todos - lamenta o presidente da Sogirgs, Flávio da Costa Vieira.

Os índices do estudo foram obtidos com base na comparação entre as condições atuais da saúde pública brasileira e os dados obtidos em 2010. Em apenas dois anos, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) perderam 10% dos leitos hospitalares no Rio Grande do Sul.

- Nossos governantes precisam investir em infraestrutura. É imprescindível a criação de novos hospitais, principalmente no interior do Rio Grande do Sul. Existe dinheiro para isso e os obstetras estão preparados para suprir esta demanda. Não é possível permitir que ambulâncias viagem por estradas estaduais atrás de um leito hospitalar para a realização de um parto - conclui Flávio.

A Sogirgs considera que medidas urgentes devem ser tomadas para a inversão deste quadro, o mais rápido possível. O estudo é de autoria do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (Sogirgs), em atividade há mais de 60 anos, tem como objetivo representar os especialistas nesta área médica, promover sua qualificação e constante atualização com os estudos deste campo de atuação. Para isso, promove, periodicamente, cursos na capital e no interior do Estado. Sua tradicional programação científica reúne profissionais reconhecidos nacional e internacionalmente para palestras, debates, seminários, jornadas e conferências. 


Autor: Rafael Dias Borges
Fonte: PlayPress Assessoria de Imprensa

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