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Problemas alimentares nas crianças provocam doenças que antes eram relacionadas apenas com adultos

Doença considerada crônica e um grave problema do mundo moderno a Obesidade Infantil exige mudanças comportamentais, especialmente dos pais. No Rio Grande do Sul, os casos são ainda mais preocupantes do que em outras partes do país. Estimativas apontam que no estado gaúcho 30% das crianças estejam com excesso de peso ou obesas.

- O importante é conscientizar pais na alimentação, especialmente, no primeiro ano de idade. É fundamental cuidar do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de idade e introduzir alimentação complementar de forma saudável e não oferecer alimentos que não sejam saudáveis. É preciso acabar com aquela famosa de que a "criança gordinha é bonitinha" - explicou a gastroenterologista, membro do comitê de nutrologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Elza Daniel de Mello.

A Obesidade Infantil provoca doenças que antes eram mais focadas para adultos como diabetes, hipertensão e infarto do miocárdio. Os aspectos culturais precisam ser levados em conta.

- Geralmente as famílias só comemoram ocasiões com comida. Não existe mágica, então, é preciso mudar os hábitos e comer menos do que o corpo gasta, quando se pretende emagrecer. Uma outra situação comum é os pais reclamarem de alimentos adquiridos na rua, só que a criança compra porque o pai deu dinheiro então é preciso trabalhar a consciência dos pais - completou Elza.

Na contramão desse cenário, o evento também trouxe a discussão de casos nos quais a criança não quer comer e que também merecem atenção. O importante é os pais entenderem a diferença entre uma simples birra e uma eventual disfunção alimentar.

- Toda vez que a família sente que há uma dificuldade deve procurar ajuda. Eventualmente pode ser um problema sério e se torna mais importante ainda uma avaliação. Procurar um Nutroólogo ou Pediatra ajuda a entender e avaliar o que deve ser feito - explica o diretor do departamento de nutrologia pediátrica da Associação Brasileira de Nutrologia, Carlos Alberto Nogueira de Almeida.

O baixo peso pode causar problemas de crescimento, anemia e problemas de ordem cognitiva com dificuldade de aprendizado ou de relacionamento interpessoal.

Sobre a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.


Autor: Marcelo Matusiak
Fonte: Play Press

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