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O uso indiscriminado do Tamiflu para combater gripes que nem sempre são caracterizadas como gripe suína, pode levar à ineficiência do medicamento

O uso indiscriminado do Tamiflu para combater gripes que nem sempre são caracterizadas como gripe suína, pode levar à ineficiência do medicamento quando ele for de fato necessário. A opinião é do médico Peter Holden, especialista em pandemia de gripe da Associação Médica Britânica. Segundo ele, naGrã-Bretanha, a responsabilidade é das autoridades de saúde que costumam se contradizer em orientações dadas à população. “Alguns afirmam que o remédio pode ser usado quando a pessoa quiser, outros dizem que é preciso prescrição médica”, argumentou Holden.

O número de pessoas que sofrem com os efeitos colaterais - náusea, vômito, diarreia e dor de cabeça – do antiviral também aumentou, segundo o especialista. “Todos dos dias médicos se deparam com pacientes que manifestam efeitos do Tamiflu”, disse. Para ele, a prescrição deste medicamento deveria ser feita com a mesma cautela de um antibiótico.

Uruguaiana – No Brasil, a preocupação é outra. Recentemente, em uma entrevista exclusiva a VEJA.com, o pneumologista Cláudio Crespo, que atende cerca de cem pacientes com suspeita de gripe suína em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, disse que provavelmente faltaria Tamiflu para tratar as pessoas infectadas.

Crespo estima que 4% da população de Uruguaiana esteja com algum tipo de gripe, mas é impossível saber se é suína ou não. A preocupação do pneumologista deve-se ao fato que a cidade recebera cerca de 100 doses de Tamiflu, quantidade considerada baixa para o número de pessoas que possam estar com a Influenza A.


Autor: Imprensa Veja.com
Fonte: Veja.com

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