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Conhecido como "Minuto de Ouro", período conta com ação especial do pediatra para evitar sequelas neurológicas nos recém-nascidos

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul alerta para a importância de aproveitar o chamado Minuto de Ouro. No primeiro minuto de vida dos recém-nascidos, é preciso auxiliá-los a respirar bem, caso eles não consigam por conta própria. Um em cada dez bebês precisa de ajuda pra respirar de forma correta ao nascer. Dentre os prematuros, o índice chega a seis em cada dez.

No Brasil, cerca de 300 mil recém-nascidos por ano necessitam de auxílio para que o pulmão se encha de ar e para que o coração e a circulação sanguínea, inclusive a que se dirige ao cérebro, se adaptem a funcionar sem a placenta, fazendo a transição para a vida fora do útero com qualidade.

- Temos que fazer o recém-nascido respirar, seja espontaneamente ou com ação do pediatra, caso contrário, as consequências e riscos aumentam, pois a resposta é melhor no primeiro minuto - ressalta o vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Marcelo Pavese Porto.

Quando esses processos não são estabelecidos rapidamente, as possíveis consequências podem ser desde pequenas deficiências no aprendizado escolar até sequelas neurológicas graves. Apesar de não ser possível saber durante a gravidez se o bebê vai precisar de ajuda para respirar ao nascer, é preciso atenção aos grupos de risco.

- Existem situações em que o risco é maior, como as crianças que têm alguma má-formação detectada no pré-natal ou os bebês prematuros. Em qualquer caso, um bom pré-natal ajuda o médico a prever mais condições especiais antes do parto - destaca o pediatra.

Para estarem preparadas para situações adversas, as famílias podem buscar informações sobre a estrutura da maternidade nesses casos. Deve-se exigir a presença de um pediatra na sala de parto, para que ele possa ajudar a criança com rapidez e qualidade.

Sobre a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.


Autor: Júlia Merker
Fonte: Play Press

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