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Especialista em saúde do Fundo de População da ONU, Fernanda Lopes, foi uma das 45 vencedoras do prêmio Maria Felipa, promovido pela prefeitura de Salvador

A Secretaria Municipal da Reparação (SEMUR) de Salvador, em parceria com a Comissão de Mulheres da Câmara de Vereadores, homenageou mulheres símbolo de força no desenvolvimento da cidade. Trata-se do Prêmio Mulher Guerreira, inspirado na história da heroína Maria Felipa de Oliveira, mulher negra que lutou contra os portugueses pela Independência da Bahia.

A cerimônia de premiação, ocorrida em 28 de julho, destacou mulheres negras que realizaram trabalhos e alcançaram posições importantes, dando exemplo de resistência e conquista às novas gerações. O prêmio Maria Felipa 2009 marca o Dia Municipal da Mulher Negra e o Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe, comemorado em 25 de julho, com o intuito de despertar a auto-estima das mulheres negras na sociedade baiana.

O evento registra a importância histórica de todas as mulheres homenageadas. Ailton Ferreira, secretário municipal da Reparação, ressaltou emocionado: “exalto as ‘mulheres pretas vitoriosas’ aqui presentes que lutam com garra, persistência e que já são parte da nossa história”. Para ele, o prêmio é resultado de uma luta ancestral travada pelas mulheres negras, que normalmente são colocadas socialmente abaixo dos homens brancos, dos homens negros e das mulheres brancas.

Entre as 45 homenageadas, representando diferentes esferas de atuação, estava a responsável pela área de saúde sexual e reprodutiva e direitos do UNFPA, Dra. Fernanda Lopes. Com Doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, a Dra. Fernanda estabeleceu uma forte relação com o município desde 2005 quando era responsável pelas ações de saúde do Programa de Combate ao Racismo Institucional – PCRI.

Desde 2007, como membro da equipe do UNFPA, Dra. Fernanda é responsável por articular e acompanhar as ações de cooperação estabelecidas entre o Fundo e a Prefeitura Municipal para o o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, com especial atenção ao ODM 5, para melhorar a saúde das gestantes, ressaltando o compromisso do Município em garantir acesso universal à saúde sexual e reprodutiva, reduzir a mortalidade materna e garantir padrões de equidade racial, de gênero e faixa etária.

“A entrega deste prêmio é de extrema relevância para estimular, não apenas as homenageadas, mas todas as mulheres negras”, afirmou Lopes. Ao reconhecer o papel das mulheres negras no desenvolvimento da Bahia, os poderes executivo e legislativo também se comprometem em investir nelas, com a garantia de que possam continuar atuando como agentes de transformação.


Autor: Com Assessorias
Fonte: UNFPA

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