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Especialista em reprodução humana, João Sabino da Cunha Filho é o único médico gaúcho convidado a dar aula e a participar da comissão de organização do evento

Médico formado pela UFRGS, o especialista em Reprodução Humana João Sabino da Cunha Filho é o único gaúcho a integrar o comitê organizador do Congresso Mundial de Endometriose e convidado para falar sobre a doença e a infertilidade durante o evento. Na aula que dará no dia 30/04, João Sabino abordará a aplicação clínica dos biomarcadores de reserva ovariana.

Sabino, que é professor Faculdade de Medicina da UFRGS e diretor do Centro de Reprodução Humana Insemine, realizou uma pesquisa inédita sobre a endometriose, que abre perspectivas ao tratamento de mulheres com a doença. O estudo identificou uma mutação do gene do Hormônio Luteinizante (LH), relacionado à endometriose e fundamental para a ovulação e manutenção da gravidez. Mulheres com anormalidade na liberação do LH poderão ter dificuldade para ovular ou até mesmo para manter a gestação. Sabino destaca que a pesquisa é pioneira em ligar essa importante doença com anormalidades genéticas que podem relacionar a infertilidade a alguma alteração hormonal.

Sabino ressalta que o diagnóstico precoce ainda é a melhor maneira de evitar a infertilidade. Pois, será possível realizar um acompanhamento e um tratamento. “Os dados observados são suficientes para que se perceba a dimensão e importância do diagnóstico da doença.

A endometriose é uma doença incapacitante relacionada à dor pélvica crônica e causa dificuldade para engravidar. Segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose, mais seis milhões de mulheres na faixa de 20 a 40 anos são afetadas pela endometriose apenas no Brasil. Os sintomas da doença são cólicas menstruais intensas, menstruação irregular, dor profunda e desconfortável na relação sexual, inchaço e dor abdominal. Quando a doença não é diagnosticada e tratada precocemente, pode levar a infertilidade. “Em alguns casos a paciente não manifesta nenhuma dor, apresentando apenas dificuldades para engravidar. E são exatamente esses os casos preocupantes. Como não aparecem sintomas, a mulher não se preocupa em realizar exames”, explica Sabino.

João Sabino da Cunha Filho é médico formado pela UFRGS, com residência médica no HCPA com ênfase em Reprodução Humana, mestrado e doutorado pela UFRGS, pós-doutor em medicina pelo Hospital Antoine Beclere, França também na área de Reprodução Humana. Professor da Faculdade de Medicina da UFRGS e da pós-graduação da mesma Universidade. Atua como pesquisador do CNPq, revisor de diversas revistas internacionais tais como a da Sociedades Européia e Americana de Reprodução Humana e é co-editor da Reproductive BioMedicine Online, revista do renomado Prof. Edwards, realizador do primeiro bebe de proveta. Tem mais de 200 artigos e livros publicados nesta área. Já foi banca em teses e dissertação em inúmeras Universidades, incluindo USP e Escola Paulista de Medicina.


Autor: Sâmela Lauz
Fonte: Camejo

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