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Tremores, lentidão dos movimentos, falta de equilíbrio e rigidez dos músculos são sintomas da doença

Onze de abril é o Dia Mundial da Doença de Parkinson, a data foi instituída para ampliar a conscientização sobre a doença e incentivar a pesquisa e a inovação em seu tratamento.

Tremores, lentidão dos movimentos, falta de equilíbrio e rigidez dos músculos são os sintomas mais observados nos portadores da doença de Parkinson. O Ministério da Saúde estima que a prevalência da doença no Brasil seja de 100 a 200 casos para cada 100 mil habitantes. Habitualmente, os sintomas surgem depois dos 65 anos de idade. Porém, aproximadamente 15% dos doentes com a doença de Parkinson a desenvolvem antes dos 50 anos.

O Parkinson é uma doença crônica, degenerativa, progressiva e altamente incapacitante. Muitas vezes, o paciente demora anos para receber o diagnóstico correto, pois os primeiros sinais da doença são quase imperceptíveis e podem ser confundidos com outras enfermidades. A caligrafia menos legível, a fala monótona, os lapsos de memória e depressão são alguns desses sinais que, com o tempo, se tornam mais evidentes diminuindo a qualidade de vida do indivíduo. Quando finalmente a doença é diagnosticada, o paciente é encaminhado para o tratamento padrão com medicamentos de uso contínuo. Porém, após anos de tratamento, as drogas deixam de surtir os resultados esperados e os efeitos colaterais são acentuados, e o paciente tende a ficar incapacitado.

Apesar de toda a evolução na área médica nos últimos anos, a doença de Parkinson ainda é de difícil diagnóstico e sem cura. No entanto, existem alternativas que propiciam uma melhor qualidade de vida ao paciente, como a estimulação cerebral profunda (DBS) que tem sido usada para reverter os sintomas motores. A terapia já é consagrada em todo o mundo, mas ainda pouco utilizada no Brasil. Consiste no envio de estímulos elétricos a determinadas regiões do cérebro, para controlar e coordenar os movimentos involuntários e a retomada do equilíbrio.

O procedimento é minimamente invasivo e totalmente reversível. O neurocirurgião implanta um aparelho chamado neuroestimulador, semelhante a um marca-passo, sob a pele do peito e liga-o a eletródios implantados no cérebro com a função de enviar estímulos às regiões responsáveis pelo controle dos movimentos.


Autor: Elaine Ribeiro Lewis
Fonte: Edelman

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